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sábado, 16 de março de 2019

Minha deusa em 2019: Maeve


Todos os anos tiro uma deusa, de algum dos oráculos que tenho em casa, para me acompanhar e, acima de tudo, me guiar.

A deusa de 2019 não poderia ser outra: a rainha Maeve! 

'Maeve' by Maxine Miller. Maeve is a goddess to be reckoned with. Her name translates to "she who intoxicates". Indeed, she was reknown for her prodigious appetites for sex, power, and drink. Honey wine, or mead, is named for her. A great warrior queen, she coveted the famous brown bull of Ulster. She schemed and wreaked havoc until he was hers, not to be denied her desires. She embodies obsession, addiction, bloodlust and battle. She is the progenitor of Maab, the English queen of the fairies.

Assim como os librianos, Maeve é diplomática. É forte, prática, estratégica, hospitaleira. É uma deusa orgulhosa e controladora, produtiva e inteligente. Vive no presente. Não é boa nem má. Não é um modelo a ser seguido.


Maeve representa o potencial que há em todos nós. É chamada também de Deusa da Intoxicação, pois sua presença é intoxicante e ele é movida por pura paixão. Outros nomes desta deusa, caso queira pesquisar mais sobre ela: Maev, Maive, Maebh, Medb, Meadb, Meadhbb, Méabh, Medbh.

Nunca se satisfez com um homem apenas, motivo pelo qual teve vários amantes. Todos deviam ser generosos nos presentes, corajosos na batalha, ter a mente aberta e serem confiantes na cama. Um fato interessante é que seus amantes morrem, mas não a deixam. O amor de Maeve é poderoso e altera mentes.



É uma deusa apaixonada, uma força que não pode ser contida. Para 
Maeve, não há desculpas. Você deve fazer suas escolhas e viver com as consequências. Completamente livre em sua selvageria, Maeve não fica remoendo o passado. Vai em frente, com intento, em direção ao futuro, mas vive apaixonadamente o presente.

É cheia de vida e nos ensina a aceitar todos os nossos aspectos como partes necessárias do nosso espírito. Ama indiscriminadamente e mata com poder. Maeve sabe que ela é a Rainha.

Maeve ensina que tudo vale a pena. Que merecemos ter objetivos e sonhos. E que cada momento na vida é precioso.



No livro que acompanha o Oráculo da Deusa, há as seguintes questões para reflexão:

* Existem pontos dentro de você que parecem incertos como águas desconhecidas?

* Você parece viver no "automático", como se tivesse sido programada por outra pessoa?

Por fim, ainda deste livro, deixo o seguinte trecho:

Maeve está aqui para lembrá-la de que o caminho para a totalidade é assumir a responsabilidade pela sua vida, seja ela como for. Somente quando você assumir a responsabilidade, reconhecer onde está, quem é você, o que você é, é que poderá criar algo diferente.

domingo, 30 de novembro de 2014

Durga

E minha deusa da última Lua Nova foi Durga. 

Vou postar aqui o texto sobre ela que está em O Livro das Deusas, do Grupo Rodas da Lua, da Publifolha. É um livro pequenininho, mas muito agradável e cheio de sabedoria.



DURGA

A hindu Durga, cujo nome quer dizer A Invencível, nasceu do terceiro olho de Shiva, o deus da Dança Cósmica, para derrotar Mahishasura. Naquele momento, o rei malvado dos demônios, outrora protegido por Shiva, praticava atrocidades contra humanos e imortais. Durga recebeu de cada divindade uma arma e empunhou todas elas com os seus oito braços. Enfrentou e exterminou Mahishasura e seu exército de demônios. Ao alcançar o máximo de sua ferocidade, ela deu origem à deusa Kali, que derrotou outros três terríveis demônios: Sumbha, Nisumbha e Raktavira. O culto a Durga remonta ao ano 7.000 a.C. O triunfo da deusa contra o demônio é comemorado ainda hoje em toda a Índia e, particularmente, no oeste de Bengala.

Durga é considerada a essência da Criação e o princípio organizador cósmico. Representa a luta interna contra as tendências negativas humanas. Convida-nos à mudança e ensina-nos a definição de limites para a sustentação de nossa integridade física, mental, emocional e espiritual. A presença defensora de Durga pode ser invocada diariamente.


PARA DELIMITAR SEU ESPAÇO

Quando precisar de autoproteção, use seus braços e suas mãos para criar um escudo invisível. Visualize-os como se fosse os oito braços de Durga que se movimentam em todas as direções. Imagine um círculo de luz branca se formando como uma bolha protetora à sua volta, resguardando seu espaço de interferências externas.

domingo, 16 de março de 2014

2014: o ano da minha saúde




2014, para mim, é o ano da saúde. Foi no dia 27/1/2014 que passei por um procedimento super invasivo, mas que pode salvar minha vida: a cirurgia bariátrica. Há 18 anos eu vinha tentando de tudo para emagrecer, por questões de saúde, mas não conseguia e, ao contrário, só engordava mais e mais, tornando-me mais incapaz de ter uma vida normal a cada dia que passava.

Fiquei cinco anos enrolando para fazer a cirurgia e, ano passado, cheguei no limite. Dores nas costas, nos pés, nas pernas, dores de cabeça cada vez mais fortes e frequentes, fígado com gordura, casamento indo pra cucuia, autoestima inexistente, medo de entalar na roleta do ônibus e outras coisas fizeram com que eu tomasse essa decisão radical e irreversível.

No início do ano, tirei uma carta do Oráculo da Deusa e, para minha surpresa, minha deusa em 2014 é Higeia, a deusa da saúde.

E, para completar, na última Lua Nova, utilizando o mesmo oráculo, minha deusa desta lunação foi Sulis, que eu não conhecia, a deusa da saúde e da doença. Considerada uma deusa solar, Sulis representa as profundezas em que todas as pessoas têm de mergulhar na jornada para a luz, a saúde e o bem-estar.

Essa minha jornada não está sendo tão terrível quanto eu imaginava. Nos primeiros 15 dias, passei por uma dieta líquida, em que os alimentos eram batidos no liquidificador e depois coados, ou seja, eu só tomava uma "aguinha suja". Esse período era meu maior medo. Tinha receio de enlouquecer por não poder comer, visto que vários médicos me diagnosticaram com compulsão alimentar. Mas uma tia querida veio para São Paulo ficar comigo no pós-operatório e metade desses 15 dias foram muito mais suportáveis do que imaginei. 

Depois desses 15 dias, entrei numa dieta pastosa e então percebi que conseguiria viver sem alimentos processados, sem refrigerantes, embutidos e outras tranqueiras que eu havia me acostumado a comer.

Hoje estou com quase 50 dias de operada. Como diz minha psicóloga, que eu amo de paixão, esta é uma cirurgia educativa. Atualmente como pouco, mastigo muito, tomo muita água, não como alimentos processados, nem gordura ou doces. 

Quanto "sinto falta da gulodice", procuro outra coisa para fazer que não seja comer, e minha vida nunca foi tão tranquila em relação a comida, ao menos por enquanto. Eu não sinto fome porque meu estômago não produz mais grelina, que provoca a fome. Mas não posso me descuidar, porque, quando eu tiver 3 ou 4 meses de cirurgia, essa fome vai voltar, e eu espero estar preparada para ela com a reeducação alimentar que venho fazendo.

Conforme diz Amy Sophia Marashinksy, em "O Oráculo da Deusa", em seu texto sobre Sulis, "a doença é um mode de ficar de frente  a frente com o que não está mais funcionando e uma oportunidade para mudar isso". Eu tive essa oportunidade e agora me encontro em uma jornada de cura do meu corpo. Essa jornada deverá levar uns dois anos (ou a vida toda!), mas eu não me importo. O que vale é a minha saúde, para que eu possa viver mais tempo junto das pessoas que eu amo.

Aliás, minha mudança também está refletindo na alimentação e na saúde da minha família, já que agora temos cada vez menos porcarias industrializadas em casa, bebemos mais água e nos sentamos à mesa para fazer as refeições em família.

Agradeço aqui a Higeia e a Sulis pela oportunidade da jornada e pela reflexão. Que ambas continuem me guiando em relação à minha saúde não só em 2014, mas pelo resto da minha vida!


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Minha deusa do ano: Higéia

Em 2013, quem me acompanhou foi Kali e, em 2014, minha deusa do ano será Higéia. 

Acho que isso acontece com todo mundo, mas estou eu lendo um livro que não tem nada a ver com deusas, um livro sobre história da higiene no Brasil e eis que, de repente, na página 18, surge um texto sobre... Sim, ela mesma, Higéia.

Como uma forma de homenageá-la por este ano que passaremos juntas, reproduzo aqui o texto do livro de Eduardo Bueno, Passado a Limpo:

Higéia, a deusa grega

Quadro de Gustav Klimt representando Higéia, 1945

Ecos da medicina e dos conceitos de higiene praticados no Oriente Médio chegaram até a Grécia clássica, que se tornaria o berço da medicina ocidental. Ao contrário do que se supõe, a medicina "racional" dos gregos - cujas bases foram lançadas por Hipócrates (460-377 a.C.) - não implicou uma ruptura com as crenças mágico-religiosas anteriores, até porque o culto ao deus Asclépio se manteve florescente.

Asclépio (ou Esculápio, em latim) era filho de Apolo e da ninfa Coronis. Tirado por Apolo do ventre da mãe no momento em que ela já se encontrava na pira funerária, o nascimento de Asclépio configurou uma vitória sobre a morte. Por isso, ele virou o deus da medicina. A arte de curar foi-lhe ensinada pelo centauro Quíron. Mas, por ter interferido no ciclo natural de vida e morte dos humanos, Asclépio foi fulminado por um raio de Zeus.

Sua obra teve continuidade com as duas filhas, Higéia (ou Hígia) e Panacéia. Ambas representam bem a dicotomia entre saúde e doença. De Higéia deriva a palavra "higiene", cujo significado remete às "práticas e condições que resultam em boa saúde", ao passo que Panacéia quer dizer "remédio". Assim, "enquanto Higéia se transformou no símbolo da arte de manter a saúde, Panacéia representa algo mais corpóreo e terreno: as doenças e seu tratamento", observa o pesquisador Luís Graça. Panacéia, assim, personificaria "a medicina organicista, tecnicocêntrica e hospitalocêntric que triunfou com o advento do positivismo, há cem anos, e na qual se fundam os atuais sistemas e políticas de saúde do Ocidente", mais preocupados em remediar do que em prevenir.

Como quer que seja, ambas as deusas, bem como o pai e o avô, são invocadas já nas primeiras linhas do juramento de Hipócrates: "Juro por Apolo médico, por Asclépio, por Higéia e Panacéia, fazendo-os minhas testemunhas, que cumprirei inteiramente este juramento de acordo com as minhas capacidades e discernimento".

BUENO, Eduardo. Passado a limpo: história da higiene pessoal no Brasil. São Paulo: Gabarito, 2007, p. 18.

domingo, 17 de novembro de 2013

Sobre Cerridwen, deusa-madrinha de nosso círculo de mulheres



Cerridwen é considerada a deusa da magia, da sabedoria, da inspiração, dos grãos, da transmutação, da fertilidade, do uso sagrado das ervas, do renascimento, da renovação e dos ciclos. Também simboliza os dons proféticos ligados à preparação de poções.

Frequentemente é vista como uma deusa solitária, que está sempre mexendo seu caldeirão e estudando novas poções. Poderosa, está sempre tentando aperfeiçoar sua Arte. No entanto, ela também é a mãe de Morfran (Grande Corvo) e Creidwy, bem como esposa do gigante Tegid Foel. Sua família é seu grande objetivo e ela tenta protegê-la e remover os obstáculos que estão em seus caminhos.

Cerridwen é magia, proteção e ajuda. Ela é movimento, aquela que age e tenta recriar seu próprio destino. Ela nos ajuda a aceitar nossa própria força para moldar nossas vidas.

Ela utiliza o poder das ervas e das estrelas para fazer um feitiço que traga sabedoria, inspiração e habilidades a seu filho. Esse caldeirão com ervas e água fervente deve ser mexido várias vezes durante um ano e um dia. As três primeiras gotas dessa poção serão utilizadas na magia. O restante ficará envenenado e o caldeirão explodirá. É importante dizer que esse caldeirão representa o útero feminino.

A fim de aperfeiçoar seu feitiço ou, em algumas versões do mito, apenas para descansar, Cerridwen "contrata" o rapaz Gwion para mexer o caldeirão e Morda, um velho cego, para manter o fogo acesso.

É interessante que, quando perceber que o caldeirão explodiu, Cerridwen primeiro bateu com um tronco na cabeça de Morda e um de seus olhos caiu. Ele diz que não foi ele quem a traiu e Cerrridwen vai atrás de Gwion. Alguns estudiosos dizem que, neste momento, Cerridwen aceita e reconhece a sabedoria dos mais velhos.

Inicia-se então uma corrida implacável em que Cerridwen e Gwion transformam-se em diversos animais (shapeshifting) até que ele se transformar em um grão e Cerridwen, na forma de uma galinha, o engole e fica grávida dele, que, quando nasce, passa a se chamar Taliesin. Esses animais são interpretados como representações dos clãs celtas.

Essa corrida implacável é lida por muitos como raiva e vingança, mas também pode representar o relacionamento entre mestre e aluno.

Este mito nos mostra também o ciclo natural de nascimento, morte e renascimento.

Cerridwen domina os mistérios da magia e as forças da natureza para transformar situações reais, conforme sua lenda. Tentou transformar o filho feio em alguém belo, porém seu servo bebeu por engano (há versões que dizem que ele não bebeu a poção por engano).

Pode-se entender esse mito como um conselho para fazer as coisas sem pressa e deixar nas mãos do tempo as coisas da vida, uma vez que não temos controle sobre elas. A mulher sábia espera e aprende com o tempo.

Cerridwen é a força que nos ajuda a renascer depois de frustrações, doenças ou morte. Também nos ajuda a nos mantermos firmes em nosso propósito e a encontrar força na adversidade.

Segundo esta sábia deusa anciã, devemos deixar os planos amadurecerem em nossos caldeirões.


Danielle Sales, 27/10/2013


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Minha Lua Nova em Câncer - 19/7/2012





Este mês, resolvi fazer algo diferente. Minha vida tem passado por um turbilhão, cheia de problemas, e eu resolvi me "aconselhar" também com as deusas. (Aliás, eu gostaria de agradecer a todas as minhas amigas

e elas sabem que elas são por toda a força que têm me dado nesse período difícil pelo qual estou passando.)

Para esta lunação, que apareceu foi Kali Ma. Em geral, tenho um pouco de receio das deusas negras, principalmente desta, que é destruidora, mas um dos aprendizados que ela me trouxe é que, primeiro, é preciso destruir o que não faz mais sentido em nossa vida para que o novo possa florescer.

Usei o Oráculo Sagrado das Deusas, de Kris Waldherr e, na carta, o conselho é:

Deixe o velho ir embora.
Algo melhor o espera.

Depois de ler essas duas pequenas frases, meu coração se acalmou. O apego, que é algo que tenho muito forte dentro de mim, começou a se dissipar um pouco. A vida ficou um pouco mais leve.

As palavras-chaves para essa lunação são: destruição, construção e renovação. Nada mais adequado. Eu não poderia agradecer mais.

Segue agora texto do livro sobre a deusa:

Kali Ma, uma poderosa deusa hindu, é amplamente cultuada na Índia. Ela é considerada a personificação do tempo, que tudo destrói. Embora muitas vezes temida, Kali Ma é necessária à vida. A aceitação de Kali Ma é um reconhecimento de que a vida não pode existir sem a morte; a morte oferece uma oportunidade para que um novo crescimento surja do velho. Muitas vezes a deusa é invocada para proteção contra a doença e seus fenônemos destrutivos.


A aparência de Kali Ma é assustadora. Sua forma é negra e ela usa um colar de crânios e um cinto de braços humanos. Sua apresentação aterradora sugere os temores que os homens trasnferem para os outros quando resistem à mudança. Quando aceita, Kali oferece uma oportunidade para grande expansão.


Bibliografia:

Walder, Kris. Oráculo Sagrado das Deusas. São Paulo: Pensamento, 2009, p.74.

sábado, 13 de agosto de 2011

13 de agosto - Dia de Hécate




Hoje é Dia de Hécate. E, coincidência ou não, estou lendo um de vários livros sobre ela como parte de meus estudos diânicos. A obra, uma compilação de textos de diversas pessoas que vêm trabalhando com a Senhora das Encruzilhadas, chama-se Hekate – Keys to the Crossroads (editada por Sorita D’Este). Devo dizer que simpatizo com a ilustração de Hécate feita para a capa deste livro, bem diferente de todas as que já vi sobre ela.

Confesso que sempre tive muito receio de trabalhar com Hécate, pois, quando lemos relatos de pessoas que já tiveram um maior contato com ela, como fez há pouco tempo Inês Barreto em seu blog, sempre há relatos de que ela não é uma deusa fácil de lidar, que exige alto comprometimento e muita seriedade. Além disso, acho que o fato de ela ser considerada uma deusa das encruzilhadas e estar ligada à morte ajudam a manter essa aura de mistério (e não é que ela também é a deusa que nos guia pelos mistérios?).

Hoje acordei e dei minha boa olhada matinal no Facebook. Lá, um colega (não sei se estava brincando ou não) dizia que hoje era 13 de agosto, um dia agourento. Não respondi nada, mas comecei a pensar no que essa data representa para mim.

Na minha concepção, este não é um dia agourento. Primeiro porque uma tia muito querida, que já faleceu, fazia aniversário em 12 de agosto, então a associação que faço com a data não é nem de longe ruim. Segundo porque, a cada dia, Hécate se faz uma deusa mais presente em minha vida e eu consigo enxergar diversos pontos positivos nela à medida que os anos vão passando.

Além dos dois pontos citados anteriormente (o aniversário da minha falecida tia e o novo significado que Hécate tem para mim), hoje, dia 13/8/2011, temos Lua Cheia em Aquário, e bruxas adoram a Lua Cheia. E não vamos nos esquecer de que Hécate também é uma deusa lunar, mesmo que seja normalmente cultada nas luas minguante e nova.

Para mim, atualmente, Hécate, se pudesse ser resumida em uma única palavra, é uma guia. Em breve começaremos uma viagem em que ela me guiará, com sua tocha, rumo ao autoconhecimento. A mesma Hécate que guiou Deméter até Perséfone, a mesma Hécate que guia a alma dos mortos.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Um pouco sobre JUNO

Ilustração: Khris Walderr


Animais: unicórnio e pavão

Dia da Semana: quinta-feira

Planeta: Júpiter

Cores: azul escuro e roxo

Elementos: ar e fogo

Fase da lua: Lua Cheia

Plantas: anis, agrimônia, dente-de-leão, hissopo, junípero, tília, hortelã, sálvia, lírio, lótus, noz-moscada

Incensos: cedro e noz-moscada

Pedras: ametista, crisolita, safira e turquesa

domingo, 9 de janeiro de 2011

Héstia - O Cálido Lar (de "Meditações Pagãs", Ginette Paris)




Héstia é representada com porte muito ereto, suas vestes cobrindo-a quase completamente, ao mesmo tempo imponente e discreta, de uma imobilidade notável. Em pé ou sentada, não sugere qualquer movimento. Calma e dignidade emanam dela.

Embora poucas histórias e mitos cerquem Héstia, não se deve pensar que ela tem menos importância que os outros deuses do Olimpo. É menos fulgurante e não se fala muito dela, mas pelo lugar que ocupava na vida diária era uma das mais glorificadas. O fato de haver poucas histórias relacionadas a ela demonstra que Héstia não gosta de mundanças, nem de aventuras; há, portanto, pouca história para contar porque quase nada acontece com ela. (...)

Héstia é o centro da Terra, o âmago do lar e nosso próprio centro pessoal. Ela não deixa seu lugar; é preciso ir até ela. Robert Graves diz dela: "A mais suave, justa e caridosa de todos os deuses do Olimpo".

O lar do grego médio, na Antiguidade, dispunha, em primeiro lugar, de uma lareira, em torno da qual se construía uma casa. O espaço doméstico era organizado em torno de uma lareira e Héstia era essa lareira. Havia apenas uma palavra para designar tanto a lareira quanto a deusa que nela habitava. (...)

Este era o coração da casa, o lugar da intimidade familiar, um abrigo do tumulto, pois Héstia protege, recebe e dá segurança. (...) Brigas e disputas não podiam ter lugar na presença de Héstia, pois a lareira era um lugar de paz e segurança. (...)

Conhecer Héstia é também compreender que num inquietante número de lares o fogo central se apagou.

(...) a arquitetura moderna, como é praticada, está dominada por valores masculinos. (...) O interior da casa é cada vez mais encolhido e a fachada é concebida para "ser vista". A sala de estar, que serve mais para visitas sociais do que para a vida familiar, é, em muitas residências, mais espaçosa e luxuosa que os outros cômodos usados para toda a família.

(...)

Héstia é encontrada onde a família descobre seu centro. (...) Héstia corresponde àquilo que é o núcleo da afeição, das necessidades, das preocupações e das atividades da família.

(...)

Héstia está, principalmente, empenhada em reunir, no tempo e no espaço, aqueles que constituem o lar.

Na Roma antiga, onde o culto a Vesta era até mais desenvolvido, ela presidia o preparo das refeições e o primeiro trago ou bocado de comida lhe eram consagrados. Em vez da oração cristã de agradecimento pelos alimentos, ou outras formas profanas de iniciar a refeição, como dizer "saúde", a fórmula "para Vesta" era o início ritual de suas refeições.

(...) para ter uma vida familiar que nos aqueça, devemos, assim como à chama de Héstia, mantê-la, cuidá-la, alimentá-la e colocá-la no núcleo de nossas atenções.

(...)

A segurança que ela [Héstia] pode trazer está relacionada à estabilidade, à tradição e à preservação de bens que nos sustentam em tempos difíceis.


Uma de minhas resoluções de ano novo é transformar, a cada dia, o lugar onde moro em um lar. Para tanto, reli os capítulos sobre Héstia no livro cujo nome está no título dest post e coloquei aqui os trechos mais significativos (páginas 217 a 241).

sábado, 26 de setembro de 2009

Bloddeuwedd - Deusa da Sedução e da Escolha


Sempre achei que algumas deusas vêm até nós por algum motivo especial. Ficamos pensando que nós as achamos, mas elas é quem nos acham (rs).


Foi assim que, por motivos de estudo, conheci Bloddeuwedd. Queria aprender mais sobre deusas nórdicas, e o único curso que achei misturava as nórdicas e as celtas, ou seja, para chegar nas nórdicas, vou ter de estudar ao menos quatro celtas. Estava achando isso um saco, até que conheci Blodeuwedd (que se pronuncia Blodaiuédh).


Vou tentar não me alongar muito na parte do mito, pois a característica desta deusa que mais me interessou foram... as plantas! (Não estou dizendo que nada mais nela é interessante, continue lendo.)


Esta deusa foi criada por um mago para Lleu, que estava sob uma maldição, a fim de que se casasse com ele. Eles se casam, mas ela se apaixona por Gronw. Juntos, ela e o amante armam uma emboscada para conseguir matar Lleu, mas este foge e vira uma ave. O mago do início da história consegue achar Lleu e o transforma em humano novamente. Obviamente, Lleu vai atrás dos amantes. Gronw transforma Bloddeuwedd em uma coruja, que é o totem da deusa até hoje. Como eu adoro coruja, já simpatizei de cara com ela (rs). Até hoje as corujas são chamadas de Bloddeuwedd em galês.


Ela foi criada com as flores de nove plantas, a saber: giesta (proteção e purificação), bardana (afastar maus espíritos e energias ruins), flores do campo (gentileza e amor natural), prímula (traz o verdadeiro amor), urtiga (estimula desejos e paixões), espinheiro (traz pureza de espírito), flores do carvalho (vigor e força; fertilidade), castanheiro (permanência do amor) e feijão (bênçãos da Deusa sobre toda a criação). Por isso, também é chamada de Flowered Face Goddess (Deusa da Face Florida).


Embora eu tenha lido em diversas fontes que esta Deusa está associada à primavera (talvez pelo fato de a deusa ter sido feita de flores), não consigo muito vê-la assim. Estar aqui escrevendo sobre ela quatro dias após o início da primavera é apenas uma coincidência (rs). Aliás, também me causa estranhamento vê-la cultuada na Lua Cheia, e não na Lua Nova (sua hora de poder é o amanhecer).


Eu a cultuaria na Lua Nova porque, para mim, além de ser uma deusa muito ligada às sombras, também se vincula à transformação, às alterações, transformações e variações.


As feministas dizem que Bloddeuwedd foi uma vítima, mas muitos não acreditam nisso. Ela foi uma mulher forte, que fez uma escolha. Também não a enxergo como vítima. Para mim, Bloddeuwedd é muito mais poder do que fraqueza.


Esta Deusa veio para me ensinar que o equilíbrio e a transformação são dois aspectos necessários na vida. Como diz Michelle Skye, "We are all made up of flowers and owls". Todos temos luz e sombra dentro de nós, só precisamos aceitar os dois.


Bloddeuwedd governa as flores, a magia lunar, os inícios, a independência, mistérios e as iniciações. Deve-se invocá-la para a descoberta de traições, iniciações, superação de desafios e vencer inimigos.


Se eu não fizesse o curso, não teria a oportunidade de estudar esta deusa criada de plantas maravilhosas, mágicas e curativas!



Fontes: muitas informações deste texto foram retiradas das páginas 84 a 87 do livro Todas as Deusas do Mundo, de Claudiney Prieto, bem como do livro Goddess is Afoot!, de Michelle Skye.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

BRÍGIDA NOS PAÍSES BAIXOS (HOLANDA)


(TEXTO RETIRADO DA e-magazine "GODIN IN MIJ" - A DEUSA EM MIM)

" Oh, Brígida, rogai por nós ao nosso senhor Jesus, para que nossas terras sejam protegidas e que nós estejamos e continuemos livres das pragas que matam nossos rebanhos. Santa Brígida, rogai por nós."

Ela, que nós conhecemos como Deusa Brígida, Brigit, Bridie, foi honrada em nosso país como Santa Brígida (Heilige Brigida) em Limburg: "de Heilige Briej". Essa adoração aconteceu principalmente no sul da Holanda e na Bélgica, nas províncias Limburg e Brabant.

Esses nomes são, novamente, derivativos de Santa Brígida, uma santa que viveu na Irlanda entre 453 e 523 d.C. Ela era uma moça nascida em uma família de fazendeiros, que se tornouseguidora de São Patrício da Irlanda e, mais tarde, fundou seu próprio convento, inicialmente com 7 mulheres e que depois cresceu rapidamente. Santa Brígida viajou, assim como São Patrício, por toda a Irlanda e até mesmo na Escócia e Inglaterra. Durante suas viagens, ela angariava seguidores e fundava novos conventos. E muitos lugares próximos aos conventos (normalmente ruínas), particulamente fontes, receberam seu nome.

Em Kildare encontrava-se o maior convento por ela fundado. Em uma determinada época, ele era tão extenso que se podia falar de uma verdadeira comunidade. Nesse local não só se praticava o culto religioso como também eram realizadas pesquisas científicas.

Santa Brígida morreu aos 87 anos de idade em Kildare, no dia 1 de fevereiro de 523. Em sua honra, foi aceso um Fogo Sagrado, que seguiu queimando por séculos e que, após um determinado período, extinguiu-se. Em 1993, no dia 1 de fevereiro, a chama em Kildare foi novamente acesa e é mantida pelas "Daughters of the Flame" (Filhas da Chama).

Esse é um pequeno apanhado sobre a história de Santa Brígida de Kildare. Quando, a partir do ano 600 até meados de 1100, muitos monges irlandeses partiram para a Europa continental com o intuito de converterem os pagãos à religião católica, muitos dos santos, suas histórias e formas de adoração seguiram com eles. Assim, Santa Brígida também foi trazida ao continente e aos Países Baixos.

Levando-se em conta que o catolicismo na Holanda manteve-se principalmente em Brabant e Limburg, é nessas províncias que ainda são encontrados lugares sagrados à Brígida, na forma de Santa Brígida. Tais locais são reconhecidos porque há igrejas, capelas, fontes, relógios e inclusive agremiações ou fanfarras que receberam o seu nome. As cidades da Holanda nas quais Santa Brígida é venerada são: Noorbeek, Brunssum, Castenray, Herten, Itteren, Middelaar e Nieuwstadt (em Limburg) e Bavel, Den Bosch e Geldrop (em Brabant).

Neste artigo quero falar mais um pouco sobre a adoração de Brígida, sobretudo em Noorbeek, e também vou falar um pouco sobre Geldorp, levando em conta que estive nesses dois lugares e pude experimentar a presença de Brígida.

Noorbeek é uma pequena vila situada ao sudoeste de Maastricht, bem próxima à fronteira com a Bélgica. Para muitos, portanto, uma longa jornada de carro, caso você queira visitá-la. Mas vale a pena caso você esteja procurando por Brígida. Há uma igreja, uma capela, um pinheiro, uma fonte e até um albergue que receberam o seu nome em homenagem à Santa Brígida.

Que a adoração à Brígida aqui tenha permanecido tão vívida deve-se ao fato de essa parte sulista de Limburg ser uma verdadeira região agrícola, uma importante fonte de renda.

Quando, em 1634, a peste bovina se alastrou, os aldeões de Noorbeek e arredores tiveram a sorte de possuir uma igreja em homenagem à Santa Brígida. Essa Brígida era conhecida como protetora do gado e certamente possuía também qualidades de curandeira.

A sua associação com a pecuária vem do fato de que Brigid era originária de uma família de fazendeiros e claramente um "milagre" deve ter acontecido na fazenda de seus pais. O pai e a mãe de Brigid eram generosos e sempre doavam leite aos pobres. Quando houve falta de leite, Brigid rezou a Deus e viu suas vacas produzirem leite em abundância. Ela também foi conhecida como alguém com maravilhosos poderes de cura, principalmente sobre problemas relacionados à visão.

Os moradores de Noorbeek rezaram para Santa Brígida, ou Briej, como eles a chamavam, e prometeram decorar um grande pinheiro em sua honra todo segundo domingo após a Páscoa caso suas preces fossem atendidas. Então, toda Noorbeek e seus animais foram salvos da peste. Também nos anos seguintes até bem recentemente, quando a peste suína e a febre aftosa alastraram-se, a cidade não foi contaminada.

Até hoje, todos os anos, os homens solteiros de Noorbeek enfeitam um grande pinheiro vindo do bosque, o transportam em uma carroça especialmente enfeitada para a ocasião e o erguem (através de um sistema especial) no segundo domingo após a Páscoa. O Pinheiro de Brígida permanece, então, durante todo o ano bem próximo à Capela de Brígida (Brigidakapel), no meio da vila.Uma outra tradição em Noorbeek e nas vilas dos arredores acontece no dia 1o de fevereiro, aniversário da morte de Brígida, quando a água e a comida dos estábulos são abençoadas para garantir saúde e fertilidade.

Em outras vilas, nesse dia, galhos de aveleira são respingados com água benta e utilizados para bater levemente no gado de forma a purificá-lo e garantir fertilidade para o próximo ano. E há muito tempo atrás, procissões também eram feitas, nas quais Brígida era carregada pelos campos para garantir fertilidade.

Além do Pinheiro de Brígida, muitas outras imagens da santa podem ser encontradas. Em primeiro lugar na Capela de Brígida (Brigida Kapel), onde as pessoas podem rezar e também acender velas votivas para a Santa. É interessante notar que, aqui, Brígida é mostrada não só com uma vaca, mas também com uma vela.

Na Igreja de Brígida, pode-se encontrar uma linda imagem dela, com uma vaca ao seu lado, e com um cajado, o que no mundo católico aponta para a sua santidade, comparável ao cajado de São Nicolau (Sinterklaas, muito festejado na Holanda em 5 e 6 de novembro. n.t.). Além disso, também podemos encontrar sua imagem em um vitral, onde ela, com uma vaca aos seus pés, segura um livro. Essa imagem aponta para a sua vida como religiosa (freira).

Finalmente, há uma Fonte de Brígida, situada na aldeia de Wesch, assim chamada porque essa fonte antigamente era usada como lavanderia (was / wej- plaats. n.t.). Ela é ainda muito fácil de ser vista. A fonte é a origem do riacho Noor, que dá o nome à cidade de Noorbeek (arroio do Noor. n.t.). O motivo pelo qual essa fonte recebe o nome de Brígida não é completamente claro, mas na placa colocada à frente dela está escrito um texto de 1858 que diz: "Santa Brígida, rogai por nós". Há também histórias de curas de males nos olhos por meio de compressas feitas com a água da fonte.

Após esse resumo dos lugares de Brígida em Noorbeek, quero parar com um assunto que se aprofunda mais na pura aparência e costumes à volta de Santa Brígida nessa pequena vila de Limburg.

Como provavelmente muitos aqui já sabem, existem muitas Deusas, histórias de deusas e costumes que foram convertidos para a fé cristã. Geralmente porque os costumes e adorações seculares não puderam ser abafados pela nova fé, principalmente nos campos. Durante minha visita à Noorbeek isso ficou muito claro.

Há pessoas que clamam que a Deusa Brigid está reencarnada como Santa Brígida. Isso já é alguma coisa, queira você acreditar ou não. Mas realmente patente é que Santa Brígida possui um pouco de todas as qualidades e poderes que a bem mais antiga Deusa Brígida possuía.

Assim como a Deusa Brígida possui um proeminente aspecto ligado ao elemento Fogo, hoje há uma chama mantida em honra de Santa Brígida. Também o dia dedicado à memória da morte de Santa Brígida, 1 de fevereiro, é precisamente "acoplado" com Imbolc, a festa da Roda do Ano na qual a Deusa Brígida é honrada.

Mas... continuando em Noorbeek...

Primeiro e especialmente a fonte!

Brígida é a deusa da cura e da purificação. Durante séculos ela foi adorada como o poder de cura das fontes e poços, que possuíam sua água santa, muito antes da menina Brígida nascer. Os antigos celtas iam às fontes à procura de cura e purificação, porém eles também utilizavam essas fontes e poços como locais para fazerem pedidos (desejos).

A fonte possui, também, um aspecto triplo. Assim, a água era vista, em seu "aspecto Virgem (Donzela)", como literalmente uma fonte de inspiração. Além disso, a água era vista como fonte de fertilidade e, no caso de Brígida, o nutritivo leite tanto materno (Mãe) como bovino. Finalmente, a fonte era considerada como o local no qual as almas após a morte eram coletadas por Brígida em seu aspecto Anciã e de onde as crianças novamente renasciam. A fonte da morte e do renascimento, portanto.

Ainda durante nossa visita à fonte de Noorbeek, sentimos claramente a ligação com a Deusa, a fonte é muito natural e límpida, intocada mesmo após anos de uso. Nós fizemos nossos pedidos e jogamos nossas "oferendas" na água. Também colocamos laços nos galhos das árvores que crescem ao redor da fonte, um costume que neste lugar (ao contrário de outros lugares da Holanda) é bem comum. Finalmente, desenhamos uma Brigitcross no calcário da fonte. A Deusa Brígida, em nossa opinião, retomou seu lugar.

E no que concerne os outros costumes em Noorbeek em relação à Deusa Brígida, segue-se:

Um dos animais totêmicos da Deusa Brígida é a vaca branca com orelhas ruivas, que representava, como já foi dito, a fertilidade do aspecto materno. A associação de Brígida com a vaca é muito mais antiga que a história em torno da Santa Brígida.

Seria muita coincidência considerar que a decoração do pinheiro, cujos galhos são podados até o topo, aconteça perto do dia 1 de maio, ou seja, no 2o domingo após a Páscoa. Adicionando-se a isso o fato de que a decoração tem de ser feita pelos jovens solteiros e que no passado as moças solteiras eram tocadas por galhos, aponta para um antigo costume de Beltane de dançar e "fazer a corte" à volta do Mastro de Maio (May Pole), o que sugere o aspecto "amante" de Brígida.

Para finalizar, quero fazer uma pequena mudança de rumo em direção a Geldrop, que fica a leste de Eindhoven. A igreja que recebe o nome de Brígida é a maior igreja de cúpula no centro de Geldrop.
Atualmente, os costumes aqui foram resumidos em um especial "Dia de Brígida" (Brigidadag) em 1o de fevereiro, mas para mim esse continua sendo um lugar extrordinário, fortemente ligado à Deusa.

Durante minha visita à Igreja de Brígida, pude experimentar uma energia feminina muito forte e dominante, muito mais do que em qualquer outra igreja (e eu já estive em muitas...). Talvez pela forma arredondada do centro (cúpula) da igreja, onde imediatamente abaixo da qual um tapete redondo com a imagem do céu e da Terra foi colocado ou talvez ainda pela notável quantidade de imagens femininas, principalmente Anna, Maria (há também uma bonita capela de Maria, que é "acoplada à igreja) e mesmo de Maria Madalena.

Talvez porque aqui Brígida também esteja muito presente, seja em imagens, em estandartes que apontam para Kildare ou seja em símbolos, como as cruzes na forma de Brigitcrosses ou então talvez porque aqui há uma notável imagem, que para mim só pode ser uma representação da Deusa Brígida: Com cabelos soltos (e portanto claramente não a devota religiosa), um carneiro aos seus pés como símbolo de Imbolc e em suas mãos um bula medicinal, o símbolo da cura.Mas isso não importa. É ótimo que existam lugares na Holanda onde podemos experimentar sua divina energia feminina, onde reencontramos a Deusa em nosso país. E eu espero que, com esse artigo, eu tenha ajudado um pouco vocês a achar o caminho.

MARION VAN EUPEN

Nota: Esse artigo foi escrito por Marion van Eupen, após sua viagem,feita em companhia de outras mulheres do Godinnentempel, à região sul dos Países Baixos (Limburg e Maastricht). A tradução respeitou o uso dos nomes da Deusa Brigid pelas sacerdotisas da Holanda, ou seja, Brígida.

Marion van Eupen em suas palavras: "Como Sacerdotisa de Brigit-Anna, estou ligada ao Godinnentempel (Templo das Deusas) em Hillegom e à paisagem da Holanda. Juntas tentamos novamente celebrar as antigas tradições da Deusa, originárias das regiões celtas, germânicas e normândicas, de uma madeira nova e moderna. Há tantas coisas valorosas que se perderam ou que nunca foram entendidas E há tantas coisas lindas para serem novamente experimentadas em conjunto. O feminino ( "moederland" - pátria mãe) deve primeiro ser novamente reconstruído para, depois, juntamente com o masculino ("vaderland" - pátria pai *), crescermos e formarmos um grande UM ("het mensenland" - a pátria humana). Nós convidamos você para juntas descobrirmos, experimentarmos, crescermos e celebrarmos. Com amor, luz e sorrisos, Marion.

*na Holanda usa-se, sempre, "vaderland"- pátria pai - ao se dirigir ao país. (n.t. )

Traduzida por Renata Almeida de Queiroz, freqüentadora do Godinnentempel. Renata é uma querida SIG, brasileira, mas que mora na Holanda.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sacred Land

E esta semana também fiquei contente porque chegou meu novo livrinho importado: Sacred Land. Traduzindo o subtítulo: jardinagem intuitiva para mudanças ambientais, políticas e pessoais.

Como alguns livros podem reunir tantas coisas de que gostamos?

Além das dicas de jardinagem e herbalismo, há vários perfis de deusas - adoro!

Para conhecer o trabalho de Clea:

http://cleadanaan.blogspot.com/

http://www.intuitivegardening.net/sacredland.html

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Hoje é dia de Flora!

Ilustração: Vigee-Lebrun.


E hoje é dia da deusa romana Flora!

Podemos celebrar essa deusa fazendo amor realmente com amor, com cuidado, com carinho. Porque Flora era uma deusa sagrada para as prostitutas romanas, e todos os atos de amor eram protegidos por ela.

No Hemisfério Norte é primavera, e isso explica um pouco por que hoje é dia de Flora.

Adoro o nome dessa deusa, pois é ele quem dá origem à palavra flor.

Que Flora se aflore da flora que existe em mim!