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sábado, 1 de dezembro de 2018

A raiva feminina: perguntas para reflexão e indicações de leitura




Nos Estados Unidos, há um fenômeno editorial sobre mulheres e raiva. A onda ainda não chegou aqui no Brasil, mas acho que é muito importante refletirmos sobre nossa raiva, a raiva feminina, que sempre foi tão escondida, já que fomos criadas para sermos criaturas doces, comportadas, com um comportamento linear e exemplar.

Para isso, criei algumas perguntas que nos ajudam a pensar sobre ela. Seguem:


* Você sente raiva? O tempo todo? Em alguns momentos?

* O que te faz ter raiva?

* Sua raiva é boa ou é ruim? Ela te ajuda ou te atrapalha?

* Como você lida com sua raiva?

* Quer contar algum caso sobre raiva que tenha acontecido com você?

* O que faz quando está com raiva?

Agora, para que você que se interessou mais pelo tema, coloco algumas sugestões de leitura. Se ler algum desses livros, conte pra gente nos comentários o que achou!





quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Cunt Coloring Book para baixar

Quando essa febre dos livros de colorir nem sonhava em existir, a titia aqui já havia importado dois deles. Mas não esses livros de colorir fofinhos, de bichinhos, jardins etc. Eu comprei o Girls Will Be Boys Will Be Girls, numa edição mais antiga, com capa amarela. Hoje existe uma versão nova, que você pode até comprar pela Amazon, com a capa bem mais bonitinha. O objetivo desse livro de colorir é desconstruir os papéis de gênero tradicionais por meio de 32 imagens para colorir. 

O outro livro de colorir que comprei na época se chamava Cunt Coloring Book, um livro recheado de imagens de vaginas (ou xerecas ou pepecas, como você quiser chamar) para colorir. O livro foi criado por Tee Corine, autora e fotógrafa que, infelizmente, faleceu em 2006.

Este último livro também está disponível para compra na Amazon, mas outro dia chegou até mim um PDF com o livro completo e, como sou a favor de que as mulheres conheçam seu corpo, eu vou disponibilizá-lo para você neste link.

Espero que ele lhe seja útil e que você possa ter bons momentos pintando e conhecendo um pouco mais sobre o corpo feminino.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Livros da viagem ao México







E a viagem de trabalho ao México rendeu a compra de dois livros... Não estava nos planos visitar uma livraria, mas "encontrei" uma no meu caminho e só pude ficar lá dentro pouco mais de 5 minutos, pois aquele passeio não estava nos planos da pessoa que me acompanhava.

Apesar da curta estada, considero o saldo positivo. ;-)

sábado, 27 de março de 2010

Resenha - Livro "Wildfire", de Sonia Johnson




Acabo de ler um livro muito importante para minha formação diânica: Wildfire, de Sonia Johnson. Apesar de tê-lo achado muito agressivo, como nas partes em que ela fala que todos os nossos filhos, homens, são monstros e em outra em que ela diz que aids é doença de homossexual – ok, esse livro foi escrito na década de 1980 (rs) –, creio que é um livro muito inspirador, já que a idéia central dele é “fingirmos” que o patriarcado não existe para tentarmos criar uma realidade nova e diferente para as mulheres.

Como a própria autora diz, é um livro para quem quer se tornar livre e, segundo ela, primeiro precisamos nos libertar para depois ajudar a libertar a mente das outras pessoas. Precisamos nos desprogramar de toda a lavagem cerebral que o patriarcalismo nos causou.

Por exemplo, o patriarcado nos ensinou a enxergar que a realidade está fora de nós, quando Sonia explica que a realidade, na verdade, está dentro de nós. Somos nós quem criamos essa realidade a partir de nossas expectativas e crenças, a partir daquilo que percebemos como possível. Portanto, segundo ela, no mesmo instante em que o patriarcalismo não estiver mais vivo em nossos corações e mentes, ele também não existirá mais como realidade.

Sonia faz ótimas observações sobre a militância feminista que realmente me surpreenderam. Por exemplo, diz que a resistência é uma forma de reconhecimento e de aceitação do fato de que não possuímos poder algum. Um simples exemplo de como nossos corpos não são de fato nossos é entregarmos a saúde de nossos órgãos a ginecologistas homens.

Lutamos para que as mulheres tenham direitos, no entanto não paramos para pensar que o sistema legal foi feito para manter o patriarcalismo intacto, já que as leis são feitas por homens. (Apesar de eu não votar, acredito que aqui se justifique a intenção de colocar mais mulheres na política. Aliás, numa pequenina nota de rodapé, Sonia diz que “se o voto mudasse alguma coisa, ele seria ilegal”.)

Johnson diz que o sistema tirânico que existe, de dominação das mulheres por parte dos homens, é um acordo, e que ambas as partes seguem-no “com dedicação”. Sendo assim, só conseguiremos ser livres no momento em que nós mesmas nos libertarmos.
A solução, segundo a autora, é: precisamos nos comportar como se o patriarcado não mais existisse agora, pois um dos crimes mais cruéis deste foi nos ensinar a projetar nossos pensamentos no futuro, em algo que ainda não existe. O futuro só será como queremos se agirmos como queremos que ele seja AGORA.

Uma das questões discutidas no livro, para a qual eu nunca havia tido uma resposta até agora, é o fato de algumas mulheres apanharem dos maridos e ainda assim não os abandonarem. Sei que há uma questão financeira atrás desse fato, na maioria das vezes, mas nunca entendi bem a questão psicológica, que semprei achei que existia. Ela explica que esse homem isola a mulher, para que ela só possa perceber a perspectiva dele e, quando ela sofre, mesmo que esse mesmo homem bata nela, como ela não tem nenhum outro de relacionamento para apoiá-la, como vítima, ela se agarra ao aspecto apoiador e positivo do marido.

Um outro mito interessante que a autora tenta desfazer é o da igualdade. Lutamos tanto por ela, mas toda igualdade requer comparação primeiro, e a comparação significa colocar-se diante de padrões externos, feitos por outras pessoas. Na opinião da autora, o conceito de igualdade é profundamente patriarcal e só é possível para mentes “dualísticas”.

Todos reconhecem que a mulher, atualmente, desempenha diversas tarefas, como a de mãe, profissional e amante. Esquecemo-nos, porém, que esse auto-sacrifício nos foi também imposto pelo patriarcado. Matar-se de trabalhar para ganhar dinheiro ou se matar para cuidar dos outros não são atos tão inocentes assim. A falta de tempo de que todos andamos reclamando tanto tem seu motivo, mesmo que oculto, de ser: manter todos aprisionados ao sistema patriarcal.

Precisamos parar de nos comportar como homens e aceitar que somos diferentes. Precisamos deixar de lado a culpa que o patriarcado colocou por sobre as mães. Precisamos começar a ouvir nossas próprias vozes novamente. O poder está dentro de nós. Só nós mesmas podemos mudar o mundo. Se não começarmos a nos levar a sério, ninguém o fará.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tradição Wicca Diânica por Bruxas Feministas que Veneram a Deusa (por Z Budapest)



Esta é uma tradição somente para mulheres. Praticamos os Mistérios das Mulheres. Celebramos as estações da vida e nosso lugar no círculo do renascimento.

Esta tendência de veneração, mulheres juntas em oração, está presente em todas as tradições étnicas. Os Mistérios Espirituais das Mulheres é a essência da comunidade, onde mulheres cuidam de questões importantes, abençoam as crianças e a casa, providenciam proteção psíquica contra coisas ruins, mesmo fazer chover se houvesse uma seca.

Esta atividade somente das mulheres criou uma rica cultura de bordado, arte de cozinhar e assar, festejar e dançar.

Entendemos a Deusa como um Fluxo circular/Origem de toda a vida. Vemos o masculino e o feminino unidos na Mãe que pode criar iguais a Ela (filhas) e diferentes Dela (filhos). Ela é a Árvore da Vida.

Por essa razão em seus olhos todas as criaturas vivas partilham Sua essência divina. Ela é o começo e Ela é o fim. Além da Mãe Natureza há mais natureza. Ela é perpétua e auto-gerada.

O círculo dentro do círculo, Seu símbolo é a espiral assim como nosso DNA, tudo vem Dela e tudo a ela retorna, no final. Em outras palavras, nós concordamos com o novo cientista que vê o universo como uma imensa entidade reciclável, tudo que nós vemos fora há, também, dentro de nós, nós somos feitos da mesma matéria que as estrelas.

Somos as crianças das estrelas, raras, complexas e belas.

Como diz minha canção, que é bem conhecida no mundo todo:

“Nós viemos da Deusa
E a ela retornaremos
Como uma gota de chuva
Fluindo para o oceano.”

A Deidade

Nós honramos o Princípio Feminino do Universo de dez mil nomes. Isto é muito importante. É onde somos diferentes das demais tradições e religiões. Muitas das religiões têm um tipo de panteão com um nome importante ou um código para a deidade. Nós, como mulheres, não somos obrigadas a esse modo rígido.

Cada cultura tem dado à Deusa um nome com suas próprias imaginações, e isto continua a acontecer sempre.

Porém, nós somos humanos e precisamos quebrar este conceito em aspectos com os quais possamos nos conectar. Desde que entendemos a Mãe Natureza como Deus, Suas estações, sua natureza, todos os merecidos e diferentes aspectos se completam com nomes e características, refletindo nossa aventura terrena do berço até a sepultura.

Os aspectos frequentemente mais invocados são: a Deusa Donzela: Diana – Ártemis – Luna – Atena... a Deusa Rainha Mãe: Hera – Juna – Minerva – Nu Qua – Kwan Yin... a Anciã: Hecate – Magera – Kali – Innanna.

O que é UMA BRUXA DIÂNICA?

Uma mulher que venera a Deusa em suas muitas faces. Diânicas não têm que ser leais a apenas um aspecto da Deusa, você pode se conectar a quaisquer deles, a qualquer hora.

Você pode pesquisar e encontrar aspectos do Princípio Feminino do Universo que nós nunca ouvimos antes. No final, vemos todos os aspectos da Deusa como um só. Diânicas não são inseguras se você atende alguma igreja patriarcal, se você venera quaisquer outros deuses, mesmo deuses masculinos, pois a prática pessoal delas é a Deusa e somente para mulheres.

É importante que as mulheres tenham alguma coisa só delas, sua própria espiritualidade, sua própria cultura, seu valioso self interior. A Tradição Diânica promove a força nas mulheres e uma visão delas mesmas como divinas e completas/seres humanos inteiros.

(Traduzido por Aphrodisiastes, a quem agradeço por permitir a publicação aqui.)

sábado, 13 de junho de 2009

Manifesto Madrepérola

Segue, abaixo, o Manifesto Madrepérola, da querida amiga Celia:

"1. nós nos comprometemos a atuar em rede e em favor de todas as mulheres, evitando criticar de forma depreciativa qualquer uma de nossas irmãs, evitando deslegitimar suas posturas, momentos de vida e opiniões,e ao invés disso, oferecendo bases de identificação, compreensão e abertura ao diálogo mesmo quando não concordamos com elas;

2. nós nos comprometemos a apoiar de forma pessoal, emocional, moral ou qualquer outro tipo possível, mulheres passando pro processos de gravidez, parto, puerpério, amamentação e criação de filhos, compreendendo a tarefa de acolher e nos responsabilizar de forma coletiva por nossas crianças como um todo;

3. nós nos comprometemos a trocar com outras mulheres, nossos conhecimentos de qualquer espécie, nosso tempo, o produto de nossos ofícios, objetos e serviços sem o uso de moeda corrente;

4. nós nos comprometemos a debater em profundidade todos os assuntos de interesse da mulher, sejam de ordem privada ou pública, preservando o respeito e a legitimidade de todas as vozes femininas em seus discursos;

5. nós nos comprometemos a buscar visões mais femininas acerca de nossos próprios corpos, acerca da imagem de nossos corpos na sociedade e na mídia, e acerca de processos físicos particulares como menstruação, gravidez, amamentação e menopausa, visando acima de tudo diminuir a patologização e ahomogenização desses processos e promover o conforto da mulher em seu corpo;

6. nós nos comprometemos a buscar soluções de saúde e de cura, para nós e o planeta, que ao mesmo tempo resgatem conhecimentos antigos privilegiando os transmitidos por outras mulheres e inovem de forma holística superando a visão fragmentada e mecanicista de saúde e bem-estar;

7. nós nos comprometemos com o momento atual da terra e com a busca de soluções cooperativas, relacionais, amorosas e de cuidado, abandonando os comportamentos exploratórios e depredatórios da sociedade atual;

8. nós nos comprometemos com as plantas, animais e toda a vida na terra, com a proteção de espécies e habitats naturais, com a proteção da água e com um crescente senso de respeito em relação à soberania e direito àexistência de todas as formas de vida;

9. nós nos comprometemos com nossos filhos e filhas, rompendo com a transmissão fácil dos paradigmas vigentes e com a terceirização de nossas crianças, contando para isso com uma rede de suporte educativo entretodas as mulheres interessadas;

10. nós nos comprometemos com o desmantelamento de tudo o que é nocivo na sociedade em que vivemos, e com a criação e suporte a todo tipo de redes paralelas que valorizem uma existência sem consumismo, competição ou comportamentos predatórios;

11. nós nos comprometemos com a acolhida -especialmente mental e emocional- de outras participantes do manifesto, independente de diferenças individuais e do ponto em que estejam no processo de retorno aofeminino;

12. nós nos comprometemos com a queda de estereótipos sobre o feminino, superação de falsas dicotomias (positivo-negativo, natureza-cultura, sexual-espiritual entre outras) que localizam o feminino em oposição aoque simboliza o bom, desejável ou normal."

Coletivo Madrepérola

O que mais posso dizer sobre este belíssimo manifesto?!? Junte-se a nós!!!!!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Tabus (Execradores)

Estou com meu feminismo atacado esta semana! Deve ser culpa do Colóquio Simone de Beauvoir que está rolando na Universidade Federal de Juiz de Fora... (rs)

Hoje vim trabalhar ouvindo uma música muito legal de uma banda punk chamada Execradores. Ela se chama "Tabus" e gosto tanto dela que vou postar a letra aqui:

Mil mentiras ou mais (Espalhadas)
Mil traumas e tabus
Minha função, tua função (São ditadas)
Porque se relacionar assim
como se na cama se reproduzisse o maldito sistema patriarcal?
Para a mulher desodorante vaginal
Para a transa luz apagada e cobertor
Para a mulher bonita um depilador
Para o belo homem um barbeador
Se ele deseja todo tempo a ânus dela
Se ela do dele lembra tenta se esquecer
Pois um cú de macho não pode ser um cú erotizado
Homem é falo?!?
Já é hora de aprender a ouvir o seu corpo
Dar mais atenção ao coração
Destruir a sua educação machista
E os papéis destinados para mim ou para ti
Para mim ou para ti!

Desculpem-me aquel@s que não estão acostumad@s a ler palavrões, mas poucas vezes vi uma letra tão certa em suas idéias no tocante à sexualidade feminina e masculina!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Rose Marie Muraro


Coincidentemente, bem neste momento em que leio Educando Meninos e Meninas para um Novo Mundo, foi-me pedido, por Nana Odara, do blog "Lealdade Feminina", que fizesse uma homenagem a Rose Marie Muraro em meu blog, haja vista que ela esteve internada por 20 dias e agora retorna a sua casa para se recuperar de uma cirurgia.

Para conhecer melhor um pouco da vida e da obra dessa maravilhosa feminista brasileira, clique nos links a seguir:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rose_Marie_Muraro

http://marieclaire.globo.com/edic/ed106/rep_rose1.htm

http://prettydolleyes.blogspot.com/2007/08/reportagem.html

http://www.metodista.br/ppc/mandragora/mandragora-07-08/entrevista-com-rose-marie-muraro/

http://rosemariemuraro.blogspot.com/

Que Rose tenha sua saúde estabelecida em breve e continue nos brindando com suas ótimas obras feministas!