quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Banhos para 2015 - Parte 3

O terceiro e último banho que fiz para 2015, na verdade, deve ser tomado primeiro, pois trata-se de um banho de purificação.

Ele foi feito com sal grosso, óleo essencial de alecrim e alecrim fresco colhido no meu jardim.

É um presente da minha família para quem for usá-lo, já que foi colhido por mim, por meu companheiro e por meu filho neste último dia do ano de 2014.

O ideal é tomá-lo antes de qualquer outro banho, visualizando que ele está levando tudo de ruim ralo abaixo. 

Trata-se de um verdadeiro ritual de limpeza e purificação, simples porém eficaz.

Importante: este banho não deve ser utilizado por pessoas com pressão alta. 



Banhos para 2015 - Parte 2

Uma encomenda que chegou aqui, de última hora, 
foi um banho para o amor

Aliás, esse é um banho clássico no fim de ano!


Quer saber o que tem aqui?

Damiana

Jasmim

Rosa vermelha

Todas são ervas ligadas ao amor...

E o toque final é o óleo essencial afrodisíaco de ylang-ylang!

Aliás, se você gosta de damiana, fique ligad@ no blog, porque em breve vou ensinar a fazer um elixir de damiana aqui!!!

Banhos para 2015 - Parte 1

O primeiro banho que fiz para 2015 é um banho mais "geral", composto pelas seguintes ervas:


Rosa


Jasmim



Damiana



Eucalipto



Cominho



Camomila




Cada uma dessas ervas tem um simbolismo, a saber:

Rosa - Amor

Jasmim - Amor (só mais um pouquinho...)

Damiana - Amor (porque amor nunca é demais!)

Eucalipto - Saúde

Cominho - Proteção

Camomila - Dinheiro

Estes são os meus desejos para você em 2015!!!


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Chá solar

Olá! Bem-vindo ao primeiro post de verão do Mulher Verde!

Não sei se esse é o seu caso, mas eu, que em situações normais já não curto muito um fogão (rs), faço de tudo para me ver longe dele no verão.

Então, uma coisa que eu costumo fazer quando está bastante sol é fazer minhas infusões... no sol!!!! Assim você economiza gás, energia e ainda aproveita a energia do astro-rei.

Como eu faço? Coloco água num pote de vidro, ponho as ervas dentro (faço isso com as secas, nunca experimentei com ervas frescas) e deixo o pote de vidro no sol. A quantidade de tempo vai depender se você gosta do seu chá mais ou menos forte, mas o que eu acho o máximo é poder aproveitar a energia solar nos meus chazinhos. Para mim, é como "tomar o sol"!

Esta foto aqui embaixo é de um chá de camomila. Coloquei um prato em cima para que não entrassem bichinhos do jardim, mas você também pode cobrir com um paninho, de preferência branco.


Depois dessa etapa, eu coo e coloco na geladeira, porque no verão o negócio é tomar chazinho gelado! :-D

Tente fazer você também um "chá solar" e depois me conte como foi.

Um beijo e um ótimo verão para tod@s!!!

A perda do meu útero

Meus companheiros dos últimos anos... Agora acabou!

Perdi meu útero. Logo eu, que durante tanto tempo me autointitulei “ativista menstrual” por aí. Uma ativista menstrual meio fajuta, que usava absorvente interno, tomava anticoncepcional e estava ficando apavorada a cada vez que menstruava, mas tudo bem. Ele se foi no dia 21/12/2014, Lua Nova em Capricórnio, solstício de verão.

Na verdade, depois de anos como moderadora da lista “Ciclos Naturais do Feminino”, eu já me sentia hipócrita tendo de tomar anticoncepcionais e ficando preocupada com a minha menstruação o tempo inteiro. Menstruar, para mim, já não era um prazer, mas sim um calvário. Minha menstruação nunca foi “regulada” e eu não gostava disso, mas agora era diferente: além de não saber quando ela viria, eu passava medo o tempo todo. Nos primeiros anos, era apenas um medo “sujar” a roupa. De um tempo para cá, o medo era de começar a sangrar loucamente no meio da rua, no trabalho, na frente de todo mundo, e desmaiar.

A primeira vez foi em 2011. Ia começar em um novo emprego e a hemorragia veio um dia antes. Imaginem o meu desespero: primeiro dia de trabalho com um medo desgraçado de sair “vazando” na frente dos novos colegas.

Em 2014, as hemorragias voltaram. Minha ginecologista dizia que a culpa era da cirurgia bariátrica e chegou a chamar de “maldita” a cirurgia que tirou 40 quilos das minhas costas este ano. Eu e ela sabíamos que eu tinha um mioma, mas a médica dizia que não era ele que me fazia sangrar demasiadamente, e sim a bariátrica. Ela cuidou de mim por 16 anos, fez meu parto, então eu confiava muito nela. Sua justificativa era de que uma perda de peso rápida e intensa mexia com os hormônios e fazia a menstruação ficar “descontrolada”.

Foi então que, neste final de dezembro, indo à consulta com minha nutricionista, comecei a sangrar demasiadamente no meio da rua. Da nutricionista fui para o hospital, ali pertinho, e a ginecologista de plantão me disse que aquilo era “normal”, pois ela passava por aquilo todo mês. Uma médica que não valoriza a queixa do paciente, eu diria. Falei que o sangramento era tamanho que chegava a “expulsar” meu absorvente interno, e ela disse que absorventes internos não “seguravam nada mesmo”. Aliás, cheguei a criar em minha casa um imenso estoque de absorventes, internos e externos, que ocupavam também bolsas, necessaries etc.

Meu marido me levou para outro hospital, onde fiquei à tarde tomando remédios para dor, apesar de não sentir dor alguma. Apenas sangrava muito. No fim da tarde, fui liberada e segui para casa. Ainda no hospital, o sangramento voltou, e dessa vez pior. Mesmo assim fui para casa e, lá, sujei todo o quarto, que ficou lotado de coágulos que saíam à minha revelia.

Meu marido me levou para outro hospital de madrugada. Sangrei tanto que cheguei a desmaiar.

Fiquei internada e descobri que os sangramentos eram devidos a um mioma submucoso de 4 cm. O médico me disse que o mioma submucoso, que fica na parte interna do útero, causa muito sangramento e não responde a tratamentos com hormônios, o que explicava o fato de eu ter tomado anticoncepcionais orais, injeções, usado adesivos etc. e nada melhorar.

A solução, segundo ele e um outro médico, seria cirúrgica. Num primeiro momento, tentariam apenas remover o mioma, mas eu já estava anêmica e fazer uma cirurgia em que perderia muito sangue poderia ser perigoso. Eu não tinha cor nos lábios ou na gengiva e uma transfusão de sangue já estava sendo aventada.

Um terceiro médico me operou. Aliás, todos os médicos que chegavam perto de mim perguntavam minha idade e se eu já tinha filhos, e foi aí que comecei a desconfiar de que poderia perder meu útero.

E foi realmente o que aconteceu. Ele disse que havia artérias muito grandes no meu útero e que, se tentasse apenas remover o mioma, eu perderia mais sangue ainda (segundo o médico, cheguei a perder 60% do meu sangue), o que me traria mais complicações e até risco de morte.

No início, fiquei muito, muito, muito triste por perder meu útero. Logo eu, que exaltava tanto sobre menstruação e os mistérios do sangue… Achei uma ironia do destino e fiquei brava com a situação.

Depois de conversar com muitas amigas, que foram essenciais em todo esse processo, prefiro pensar que não tenho mais útero, mas estou viva. E isso é o que importa. Eu posso continuar gestando. Não posso gestar um bebê, mas sim projetos, sonhos… Ainda tenho meus ovários, o que significa que não entrarei na menopausa antes do tempo.

Por enquanto, não aguento olhar meus livros, meus escritos, minha vasta coleção de materiais sobre menstruação. Mas tenho certeza de que essa dor é passageira. Vou “curtir” meu luto e depois ver o que faço. Pensei em doar esses materiais para alguém que possa continuar esse trabalho de ativismo menstrual, mas acho que ainda é cedo para decidir qualquer coisa. Preciso me recuperar da anemia, pois ainda me sinto bem fraca e cansada.

O que me importa, hoje, é que estou viva. Com ou sem útero.


Quero aproveitar e agradecer ao meu marido, que cuidou de mim no hospital durante mais de uma semana; a minhas amigas e familiares que me visitaram no hospital ou em casa; a minhas amigas que me ligaram, me enviaram mensagens, se preocuparam e mandaram boas vibrações de cura; e às meninas do grupo Tendas Vermelhas e Círculos de Mulheres no Facebook.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Mulheres e bicicletas

"A bicicleta fez mais pela emancipação das mulheres do que qualquer outra coisa no mundo. Fico feliz cada vez que vejo uma mulher andar em uma bicicleta. Ela lhe dá um sentimento de autoconfiança e independência no momento em que se senta no assento. Pode-se ir longe. É a imagem da feminilidade sem entraves." 


Susan B. Anthony



Carolee Clark