sábado, 30 de outubro de 2010

Blogagem Coletiva - Quem fala com você?

Este texto foi escrito de acordo com a blogagem coletiva proposta pelo blog Oráculos do Feminino.


Eu comecei cometendo o mesmo erro que quase toda bruxa iniciante comete: achando que a única maneira de me manter conectada ao mundo da divinação era o tarô. Que fique bem claro aqui que ele é um dos meios, e não o único. E ainda bem que eu percebi isso a tempo, ou teria me frustrado bastante por não ser boa de tarô.

Um pouco da minha história com os decks: como sou uma pessoa compulsiva, saí comprando tudo quanto foi tarô, tentando me conectar a um deles. Sei que esse é um processo natural, que a gente vai comprando um deck atrás do outro e, por fim, acabamos tendo afinidade maior por dois ou três. Foi o que aconteceu comigo e, com esta blogagem coletiva, tive o prazer de poder sentar no chão com todos os meus decks e fazer um balanço.

Dentro dessa proposta de achar que o tarô era pra mim, comprei o Tarô Mitológico, o Housewives Tarot, a caixa com o Curso Completo do Nei Naiff, o Tarô Zen do Osho, o Rider Waite, o Tarot of Mermaids [sobre o qual já escrevi aqui no blog], ganhei o Tarô Dourado do Botticelli... Mas, enquanto isso, eu, que sempre soube que minha praia era o feminino (por isso acabei entrando no mundo da bruxaria, e não ao contrário), eu também acabei encontrando alguns decks que me agradam muito, a saber:

Eu amo o Oráculo da Deusa. Não sei se porque foi meu primeiro, mas é um dos que mais uso. E também sei que ele não é um tarô, como logo as bruxas mais experientes vêm dizendo e apontando o dedo na sua cara (rs). Comprei também o Tarô da Deusa Tríplice, que segue quase a mesma linha que ele, mas não tem jeito, não me identifico de jeito nenhum.

O Motherpeace, que é o deck que mais uso hoje em dia, com o auxílio dos livros Mãe Paz e Rituals and Practices with the Motherpeace Tarot (o deck se encontra num lindo case de crochê que a Luciana Onofre me deu de presente!), não é o meu deck mais bonito, mas é um dos que mais me auxiliam em minha busca por autoconhecimento.

O The Wise Woman`s Tarot, da querida diânica Flash Silvermoon (este eu comprei primeiro que o Motherpeace. Pode ser considerado meu primeiro deck voltado exclusivamente para o feminino, se pensarmos que o Oráculo da Deusa é um oráculo, e não um deck de tarô), é muito bonito e suas imagens de mulheres fortes me agradam muito. Ah, e as cartas são bem grandonas!

O Daughter’s of the Moon [ver foto de duas cartas abaixo], criado pela também diânica Fiona Morgan, apesar de ter suas cartas redondas como o Motherpeace, possui uma arte muitíssimo mais sofisticada. Posso dizer, sem sombra de dúvida, que é deck mais belo que tenho.


Quando eu digo para as pessoas que o tarô não é para mim, é porque simplesmente sou incapaz de estudá-lo. Acho-o muitíssimo complexo e, por isso, sempre consulto os livrinhos que os acompanham, pois não consigo fazer uma interpretação sozinha. Isso, no entanto, não me impede de comprar tarôs que acho bonitos, como o Tarot of Jane Austen [na foto abaixo], o Tarot of Trees [sobre o qual já escrevi aqui], o The Goddess Tarot, o Barbara Walker Tarot e até mesmo um baralho da Frida Kahlo que comprei numa exposição (rs).




Além dos tarôs voltados para o feminino, que descrevi acima, tenho grande apreço por alguns que utilizo com o auxílio do mundo verde, que são o The Herbal Tarot, o Jardim Interior, que é um oráculo de flores criado por Denise Maria Cordeiro, e o Flowers of Love, este último um simpático oráculo, com belíssimas cartas, voltado para as questões amorosas, além do Tarô de Ceridwen, um oráculo com poucas cartas, criado pela minha inesquecível professora Teresa Modro. Dela, para consultas rápidas e preguiçosas de minha parte, uso ainda as Pedras de Brigid e as Pedras Rúnicas Celtas, que são peças de cerâmica esmaltada [veja foto a seguir].


Falei muito de tarô até aqui, disse que achava que eles não era para mim (apesar de eu ter um monte deles e usá-los, rs) e agora vou contar para vocês qual o oráculo mais querido, aquele do meu coração: as runas, visto que esse é o panteão com o que venho trabalhando há um tempinho. Tenho dois jogos, um feito pelo Maurício Ferreira, que é o que mais uso, e outro feito por outra pessoa, que uso menos. As do Maurício, feitas de cedro rosa, são meu verdadeiro xodó. As outras, apesar de estarem inscritas sobre sementes, não apresentam uma boa visualização dos símbolos com o passar do tempo, por isso as abandonei.

Essa é a ferramenta divinatória que escolhi para mim e que venho estudando, apesar de parecer que nunca conseguirei aprender tudo (exatamente como com o tarô, rs).

Para divinação, também uso flores, ervas e pedras. É quando a Green Womyn precisa estar ainda mais perto da natureza.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Quer ganhar essas runas maravilhosas?


Quer ganhar essas lindas runas, com esse saquinho fofo?

Para concorrer, você precisa seguir o blog Divine Gifts for Iris e, além disso, criar um post divulgando a promoção.

As orientações para o sorteio estão aqui:

http://irisawakened.blogspot.com/2010/10/iriss-first-giveaway.html

Boa sorte!!!

Tarot of Trees (Tarô das Árvores)

O Hierofante representado por um carvalho.


O verso das cartas...



Capa do livreto que acompanha o deck.




A face de algumas cartas.


Todas as cartas dipostas juntas.





Um dia, minha amiga Gabriela disse que tinha visto um tarô que era a minha cara. Fui correndo até o site indicado por ela e fiquei um pouco frustrada porque, apesar de já haver as cartas prontas nele, o deck ainda não estava disponível para venda.

Muito tempo depois, voltei ao site por curiosidade e o deck já estava pronto para ser despachado para quem se dispusesse a pagar alguns dólares. Quem conhece meu amor por árvores sabe que eu não hesitei em fazê-lo rapidamente.

Quando as cartas chegaram, eu tive duas impressões diferentes: primeiro, achei as cartas muito pequenas (elas medem 6 x 8,5 cm); em segundo lugar, eu as achei um tanto sombrias (principalmente com a temática outono e inverno), talvez pelas bordas negras de cada carta ou mesmo por conta dos tons arroxeados que dominam no deck.

Há algum tempo, Pietra comentou sobre o deck e eu disse que o tinha. Combinamos que eu tiraria algumas fotos, mas os compromissos da vida não me deixaram fazê-lo rapidamente. Hoje, após o trabalho, com o barulho da chuva vindo lá de fora e alguns trovões se fazendo ouvir, pude fotografá-lo.

Nas fotos, é possível visualizar o deck inteiro, o verso das cartas (belíssimo) e a carta O Hierofante, que é ilustrado por um belo carvalho. Também fotografei o livreto que acompanha o tarô, de uma delicadeza ímpar. O engraçado é que as cartas parecem mais bonitas e alegres no livreto!

Não posso terminar esse texto sem citar o nome da autora, Dana Driscoll. Ela criou o tarô porque passou a infância entre as árvores e, mais tarde, estudou druidismo. É claro que sua consciência ambiental também falou alto nessa empreitada.

São divinas as setenta e oito cartas, com um tipo de árvore representando cada arcano maior. Os arcanos menores também apresentam um padrão de cores apropriado a cada estação do ano/naipe (copas e primavera, paus e verão, espadas e outono, pentáculos e inverno). Também é marcante o uso de espirais em todas as cartas.

Para mais informações sobre o deck:

http://www.tarotoftrees.com/

http://www.aeclectic.net/tarot/cards/trees/



domingo, 24 de outubro de 2010

Ciclo de Cinema Feminino na Casa da Lagartixa Preta

Segundas-Feiras, às 19h (de 15 em 15 dias) - Gratuito!

25/10 - A Teta Assustada - Dir. Claudia Llosa (Peru/Espanha, 2009, 95 min.)

A história centra-se em Fausta (Magaly Solier), uma jovem mulher que (de acordo com suas crenças) têm uma doença chamada "teta asustada", uma doença rara, transmitida pelo medo e sofrimento de mãe para filho através do leite materno, porque sua mãe foi estuprada por terroristas em um momento muito difícil no Peru na década de 1980.

08/11 - Simone De Beauvoir, Uma Mulher Atual - (França, 2007, 52 min.)

Documentário de Dominique Gros. Sobre simone de beauvoir, escritora, filosofa e feminista francesa do século 20.
Suas principais obras: O segundo sexo (1949) uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade, a velhice (1970) sobre o processo de envelhecimento, onde teceu críticas apaixonadas sobre a atitude da sociedade para com os anciãos e a cerimônia do adeus (1981)onde evocou a figura de seu companheiro de tantos anos, Sartre.

22/11 - Clandestinas de Ana Carolina Moreno ( Brasil, 2006, 52 min.)

Trata-se do trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo da Universidade de São Paulo realizado por Ana Carolina Moreno, em 2006. Traz um panorama da situação da ilegalidade do aborto no Brasil, tendo como perspectiva a atuação do movimento de mulheres.

06/12 - As 13 Rosas - Dir. Emilio Martínez-Lázaro (Espanha, 2007, 124min.)

É um drama que tem lugar na primeira fase do regime franquista, em que treze jovens mulheres são acusadas de terem participado de um atentado contra Franco, na Espanha. A maioria pertencia às Juventudes Socialistas Unificadas.
A obra é uma adaptação do livro de Carlos Fonseca Trece rosas rojas (Treze Rosas Vermelhas).

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Atividades Fixas da Casa da Lagartixa Preta:
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- Horta Agroecológica da Casa
Manejo da horta e jardins da Casa, todos os domingos e quintas-feiras, a partir das 9h
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- Almoço Grátis e Bicicletada
Toda PENÚLTIMA sexta-feira do mês
Coleta de alimentos da feira (na rua da Casa), preparo, almoço e limpeza coletivos, a partir das 12h.
Concentração na PRAÇA (do ciclista-massa-crítica-bicicletadaABC), retorno no cruzamento da rua cel. Alfredo Flaquer com a rua Luis Pinto Fláquer - proximo a padaria central, em Santo André. Às 18h30
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Endereço:
Rua Alcides de Queirós, 161, Bairro Casa Branca, Santo André, SP
(à 12 minutos da Estação de Trem Pref. Celso Daniel Santo André e próxima a Eletropaulo e SENAI)

www.ativismoabc.org
www.fotolog.com/ativismoabc
ativismoabc@riseup.net

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Meninas, meninos e a educação


Eu sou uma pessoa que está constantemente em crise com conceitos e estilos de vida. Se, por um lado, isso é ruim, por outro é muito bom, porque, como já dizia o Raul Seixas, "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante" (e é por isso que tem gente que odeia libriano: dizem que nós somos "vira-casaca").

O fato é que eu sou feminista desde que me entendo por gente. E eu vivo explicando pros outros que eu não sou anti-homem, que eu gostaria que chegássemos num patamar de igualdade, com salários iguais, nível de exigência igual etc. Será que eu deveria me chamar, então, "igualista"?

Por que estou dizendo isso? Porque há algum tempo, no jornal, li que "meninas de apenas 4 anos se acham mais inteligentes que meninos", segundo pesquisa da Associação Britânica de Pesquisas Educacionais. Até aí, tudo bem: homens e mulheres têm suas peculiaridades e eu acho que, quando aprendermos a viver bem com elas, o mundo será um lugar melhor.

O que me incomodou nesse artigo é que "os professores têm expectativas mais altas para as garotas, crença que acaba sendo passada para os alunos e pode afetar seu desempenho".

Espera aí! Sou mãe de um menino. Não quero que os professores dele achem que ele não é capaz ou que sintam pena dele achando que ele é menos esperto do que uma menina.

Quero uma sociedade em que todos possam viver com mais igualdade, e não uma em que os preconceitos, de uma hora pra outra, se invertam.

O trabalho de pessoas como Guacira Lopes Louro, que trabalha com questões de educação e gênero, que tenta mostrar como não agir com preconceitos em sala de aula em relação às meninas, irá por água abaixo se apenas colocarmos os meninos "na bola da vez".

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Lua Nova em Libra (7/10/2010)

Libra governa a casa 7, que inclui todas as relações significativas, até mesmo os inimigos. Por isso, nesta Lua Nova em Libra, eu lhe pergunto: qual das suas relações parecem fora de ordem? Este é um bom momento para agir com o objetivo de trazer o equilíbrio para seus relacionamentos, pois estará aberta uma grande porta para cura destes. E, por falar em cura, acho que também é um grande momento para tentarmos melhorar nosso relacionamento com a natureza.

Mas não pense apenas nos relacionamentos externos. Pense também em como você está se relacionamento consigo. Veja como está sua auto-estima e o que você pode fazer para melhorá-la, pois, antes de tentarmos melhorar nossas ligações com os outros, precisamos ter equilíbrio em nossa relação primordial, que é com nós mesm@s. Massagens, ou apenas um sabonete cujo cheiro lhe agrada, podem fazer parte de seu ritual de Lua Nova em Libra, lembrando-lhe que você é verdadeiramente importante e pode fazer coisas para se agradar.

Este é um momento de esquecer o que já passou e dar continuidade a sua vida, algo que, em minha opinião, é algo não somente bom para você mesm@ como também para seus relacionamentos.

Parcerias no trabalho também estão em alta nesta Lua Nova em Libra.