domingo, 28 de abril de 2013

Segunda Vermelha 2013

Este ano, pela primeira vez, vou comemorar a Segunda Vermelha com outras mulheres. Sempre comemorei sozinha, mas dessa vez será diferente.

Se você estiver em São Paulo e quiser se juntar a nós, eis o convite:



sábado, 6 de abril de 2013

Regras da Comida - Michael Pollan

Estava eu em casa, esta semana, muito bem, quando acordei na terça-feira de manhã sentindo uma dor estranha no lado direito do abdômen. A dor logo passou, mas mesmo assim meu marido insistiu que fôssemos ao hospital. Chegando lá, após exames de sangue, remédios para dor aplicados diretamente na veia e uma tomografia, descobri que eu tinha um cálculo renal de 3 mm. Parece pequeno, mas, quando ele está num canalzinho que mede 1 mm, está causando uma obstrução na urina e seu rim direito está medindo o dobro do rim esquerdo, então esses 3 mm fazem toda a diferença. Resultado: uma ureterolitotripsia e cinco dias de molho em casa, além de um dreno, é claro.

Holisticamente falando, eu acho que essa cirurgia aconteceu porque eu não estava dando a mínima atenção a mim mesma. Estava trabalhando há vários fins de semana e só sabia falar das minhas atividades da pós-graduação. Aí, puff, acontece um problema que te deixa de molho e te faz pensar na vida.

Todo mundo sabe que eu adoro ler. E, nesses dias de repouso, consegui terminar algumas leituras. Uma delas foi "Regras da Comida", de Michael Pollan. Um livro pequeno, rápido, composto por 64 regrinhas que todo os seres humanos que comem deveriam ler.



Há alguns anos, comprei "Second Nature: A Gardener's Education", em inglês, desse mesmo autor. Comprei tanto a versão digital quanto a impressa, mas mesmo assim nunca consegui lê-lo. Muito tempo depois, acho que a Intrínseca resolveu se livrar do estoque e comprei, cada um por R$ 10,00, "Regras da Comida" e "O Dilema do Onívoro". E foi nessas férias forçadas que comecei (e terminei!) "Regras da Comida". O livro tem pouco mais de 150 páginas e quase não há texto. No entanto, cada regra tem seu grau de sabedoria, e as frases me marcaram no livro foram essas:


"A comida é um antidepressivo que
 tem um custo muito alto."

"Não coma cereais matinais que 
alterem a cor do leite."

"Se entrou pela janela do seu
carro, não é comida."


Acho que por aí vocês já conseguem ter ideia do tanto de sabedoria alimentar que esse livro pode lhes trazer... E, se eu conhecesse as regras da comida, talvez não acabasse com esse cálculo renal!


sexta-feira, 5 de abril de 2013

Ron Finley e seus jardins comunitários

Olha, faz tempo que não escrevo por aqui. A vida teve altos e baixos nos últimos tempos. E, acreditem, eu achava que minha vida tinha de seguir em linha reta, sem grandes acontecimentos. Aprendi que isso não vai acontecer na terapia, há pouco tempo. Mudanças boas, mudanças ruins. Mas houve mudanças. E muitas.

Uma delas é que, talvez, eu vá mudar de casa em pouco tempo. Amo a casa que tenho, mas acho que vamos nos mudar mesmo. Aí, numa brincadeira com meu marido, eu disse:

"Nossos vizinhos vão sentir nossa falta, tanto pela biblioteca infantil que eu criei no bairro quanto pelas hortas comunitárias que eu ajudei a montar."

No fundo, era uma brincadeira de péssimo gosto da minha própria parte, uma tentativa de brincar com dois sonhos que talvez fiquem para trás.

Primeiro porque eu realmente tinha a idéia de fazer uma biblioteca infantil na minha garagem quando vim morar neste bairro, pois o local onde moro, pasmem, não tem biblioteca. E, sem segundo lugar, porque eu realmente gostaria de ter começado uma horta comunitária aqui onde moro, mas como fazê-lo se trabalho e estudo como louca? Se mal conheço meus vizinhos?

Aí, por coincidência, chega para mim o vídeo de Ron Filey no Ted (infelizmente está em inglês, mas vale a pena assistir):




Ron Filey se cansou de ver as pessoas adoecendo no bairro onde morava, por conta da alimentação errada, e decidiu arregaçar as mangas. Criou o L.A. Green Grounds e hoje, em diversas calçadas, o que se vêem são hortas. 

Sim, hortas. Uma horta que começou na calçada da casa dele e se espalhou por toda a vizinhança. Que utilizou espaços vazios da cidade para criar vida em forma de alimentos saudáveis. Agora ele não precisa quase "viajar" para encontrar alimentos de qualidade e sem agrotóxicos. 

Melhor ainda: além da questão da alimentação, Ron trabalha com pessoas em situação de risco, que andam com gangues, e diz que a jardinagem comunitária é o seu grafite, sua maneira de se expressar.

As crianças também aprendem a plantar e a levar uma vida sustentável. Toda a comunidade agradece pela reapropriação sustentável do espaço.

Um belo trabalho, sem dúvida alguma. Que ele seja uma inspiração para tod@s nós!

Para saber mais sobre o grupo, veja os seguintes endereços:

E-mail: lagreengrounds@gmail.com

Facebook: facebook.com/lagreenground

Flickr: flickr.com/photos/lagreengrounds