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domingo, 8 de setembro de 2013

Reflexão sobre a raiz

As folhas de uma árvore são muitas, 
mas a raiz é uma só.



(Esta frase veio num biscotinho da sorte que comi esta semana. Por ser tão sábia e ter tudo a ver com o Mulher Verde, eu a reproduzo aqui.)

terça-feira, 30 de março de 2010

Reflexão do dia - John Zerzan



"(...) passamos a nossa vida frente ao monitor. Somos viciados neste tipo de interação, suponho que pelo nível de desamparo existente. Hoje um amigo é alguém que provavelmente nunca viste em pessoa, vamos a todos os lados com o telefone celular no ouvido. Parece que ninguém quer estar presente neste mundo devastado, estamos sempre noutro lugar. Mas não existe outro lugar."

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Crianças de agenda cheia


Na minha vida, de um modo ou de outro, sempre vejo mães atolando seus filhos de coisas para fazer. É escola de manhã, de tarde tem balé, natação, futebol, judô, inglês... Isso quando não os colocam em cursos aos sábados, e as crianças vão se esquecendo de apenas ser.

Entendo que muitas mães (aquelas que têm condições, é claro!) queiram preparar a cria para o futuro, alegando que se hoje, com faculdade e pós-graduação, já é difícil conseguir um emprego, imagine o que uma pessoa "despreparada" poderá "conseguir" no futuro. Por experiência própria, sei que algumas de nós tentam fazer esse tipo de coisa até mesmo para compensar a falta que fazemos às crianças, correndo atrás de nossas carreiras.

Infelizmente, assim, crianças ficam sem tempo até para brincar!

Algumas fazem suas refeições correndo para não "perder" a próxima atividade, esquecendo-se de que esse é um grande momento de conexão com a natureza, em que ela deveria honrar os alimentos que são oferecidos a ela e partilhar com a família, com seu círculo, um momento sagrado.

Essas questões já estavam em minha cabeça há algum tempo, e ontem, lendo uma entrevista da psicanalista Maria Rita Kehl no Estadão (ela está lançando um livro chamado O tempo e o cão — A atualidade das depressões - Boitempo Editorial, 304 pp., R$ 39), consegui achar algumas respostas para esse fenômeno:

"O que me preocupa é que, na tentativa de fazer render o tempo desde o começo da vida, hoje os pais de classe média e alta começam a educar seus filhos seguindo o mesmo princípio da agenda cheia. Algumas dessas crianças de compromissos se tornam insatisfeitas, dependentes de estimulação externa, incapazes de devanear e inventar brincadeiras quando estão desocupadas."

"A ansiedade materna, bem antes de se manifestar como expectativa pelo desempenho da criança, tem a ver com a presa em mantê-la sempre satisfeita. Mas a melhor forma de amar uma criança não é impedir que ela conheça a falta: a falta é constitutiva do aparelho psíquico. Ela não pode faltar! A criança começa a virar gente (sujeito) ao inventar recursos simbólicos para lidar com o vazio e a insatisfação."

Os grifos são meus. E esta foi uma pequena reflexão sobre o futuro de nossas crianças.