domingo, 23 de fevereiro de 2014

Receita de esfoliante natural

Estava eu no domingão sem fazer nada e então resolvi fazer uma receitinha “eco-beauty”, que vou compartilhar com vocês agora.

Fui fazendo a receita de cabeça, por isso não há medidas.

Num pote, de preferência de vidro, coloque açúcar mascavo.

Depois, junte óleo vegetal (eu coloquei de semente de uva, que é o de que eu mais gosto para passar na pele, mas você também pode usar óleo de amêndoas, por exemplo).

Vá colocando o óleo vegetal aos pouquinhos, até formar uma pasta. Não é para o açúcar ficar boiando no óleo!

Por fim, pingue algumas gotas de seu óleo essencial favorito nessa mistura. Eu coloquei óleo essencial de lavanda na minha.

Depois que já tiver se molhado, no banho, utilize essa pasta como esfoliante. Você vai notar que será um esfoliante gostoso, não aquelas “lixas” que machucam a sua pele. 

O óleo vegetal vai deixar sua pele bem macia e formar uma película, e o óleo essencial vai deixar um cheirinho gostoso. 

No caso do óleo essencial de lavanda, ele é um calmante, então você também pode escolher seu óleo de acordo com o que estiver precisando no momento.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A arte de ser feliz, por Cecília Meireles

Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.