As rosas estão entre
as flores de cultivo mais antigo e há 5 mil anos fazem parte dos jardins
asiáticos.
Em 600 a.C., os
chineses já extraíam óleo das rosas que nasciam no jardim do imperador. Esse
óleo só podia ser usado pelos nobres e dignatários da corte, e um plebeu
encontrado com algumas gotas dele podia ser condenado à morte.
Foram os romanos que
introduziram as rosas na Europa. Seus túmulos eram decorados com elas, e a
manutenção de jardins não deixava de ser incluída nos testamentos, para que
nunca faltassem flores em suas sepulturas. Segundo a lenda romana, Rodante era
uma bela mulher que tinha muitos pretendentes, mas que não se interessava por
nenhum. Um dia, os apaixonados, loucos de desejo, perderam a paciência e se
tornaram violentos, invadindo sua casa. Esse episódio enfureceu a deusa Diana,
que transformou rodante em rosa e seus galanteadores, em espinhos.
O título de “rainha
das flores” foi concedido à rosa por Safo, poetisa nascida na ilha de Lesbos,
por volta do século VII a.C.
Durante a Idade Média,
as rosas eram muito cultivadas nos mosteiros, e alguns dos monges tornaram-se
grandes botânicos.
Na Inglaterra, a rosa
faz parte do emblema real e, segundo a superstição, se as pétalas de uma rosa
vermelha caírem ao ser colhida, a má sorte não tardará a chegar. A rosa branca,
flor da Virgem Maria, representa a inocência e é colocada sobre o túmulo dos
que morreram ainda jovens. Para os nativos americanos, ela simboliza segurança
e felicidade, sendo frequentemente usada nas cerimônias de casamento.
Hoje, existem milhares
de variedades de rosa, produto de cruzamentos que vêm sendo feitos há séculos.
A rosa amarela, por exemplo, é creditada ao francês Joseph Pernet-Dutcher, que,
no século IXI, teria levado 13 anos de pesquisa para obter a Soleil d’Or e mais 12 para chegar ao tom
ideal, a Rayon d’Or. Dela e de suas
variantes teriam surgido todas as rosas amarelas e alaranjadas que hoje
conhecemos.
É universal o
significado da rosa como mensageira do amor, mas seus tons e combinações podem
transmitir algumas outras mensagens, como estas a seguir:
Uma única rosa
presenteada – amor eterno
Uma única rosa num
vaso – elegância e intimidade
Duas rosas juntas –
compromisso vindouro
Várias rosas, formando
arranjos – alegria e confraternização
Botões de rosa –
beleza, juventude e amor adolescente
Botões vermelhos – pura
e encantadora
Botões brancos – a
moça ainda é nova demais para amar
Duas rosas unidas
pelos pés – noivado com casamento próximo
Uma rosa desabrochada
colocada acima de dois botões – um pedido de segredo
Uma coroa de rosas –
recompensa ou virtude
Um ramos de rosas
desabrochadas – gratidão
Rosa de cores pálidas
– amizade
Rosas vermelhas mais
rosas brancas – unidade
Rosas vermelhas mais
uma rosa amarela – sentimentos joviais e felizes; congratulações
Rosas entregues em
posição invertida (com o talo para cima) – rejeição
Folhas de roseira – esperança
Na mitologia grega,
Afrodite (Vênus) deu uma rosa a seu filho Eros (Cupido), o deus do amor. Eros,
por sua vez, deu a rosa a Harpócrates, deus do silêncio, para induzi-la a não
falar sobre as indiscrições amorosas de Afrodite. Assim, além do amor e do
desejo, a rosa se tornou símbolo do silêncio e do segredo.
Fonte: Viva com as Flores, de
Cristina Von, publicado em 2003 pela Disal Editora (páginas 33 e 34).