sábado, 31 de janeiro de 2009

Exposição Margaret Mee

O primeiro contato que tive com Margaret Mee foi durante minha infância, pois lembro-me de que a loja O Boticário, durante certa época, utilizava as ilustrações dessa doce senhora em suas sacolas. Mas isso quando O Boticário era mais uma botica do que o modo como se encontra hoje, com uma loja em cada esquina.

Eu era pequena e não dei atenção. Até que li no jornal, semana passada, que estava acontecendo uma exposição em SP em homenagem ao centário dela.

Fui hoje, com meu marido e meu filho, à Pinacoteca do Estado de São Paulo para ver a exposição. Lindíssima, lá foi possível ver de perto as maravilhosas ilustrações dessa senhora inglesa radicada no Brasil, assim como algumas das tintas que ela utilizava em suas aquarelas e objetos que ganhava dos índios brasileiros em suas expedições.

As obras vieram do acervo de Burle Marx, do Instituto de Botânica de São Paulo e de mais um lugar do qual não lembro o nome (rs). Havia também um vídeo, trecho de um programa de televisão, mostrando a senhorinha (frágil só fisicamente, mas com uma mente deslumbrante) desbravadora da Amazônia e do Brasil.

Gostaria de deixar registrado aqui o site da Fundação Margaret Mee, mas lá eles dizem que o site está "em eterna construção, como a maioria das orquídeas". Brincadeira bonitinha, mas acho uma falta de consideração com o trabalho da artista, sinceramente.

Outra falta de respeito, na minha opinião, foi a Pinacoteca não ter em sua lojinha um mísero souvenir sobre Margaret Mee.

All in all, foi um prazer ver ilustrações tão belas. Tanto do ponto de vista da mulher que ama plantas quanta do profissional que edita livros - muitas das ilustrações de Margaret foram feitas para as páginas dos livros de botânica.

PS: Eu não vi os tais cadernos que a matéria abaixo cita...

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As aquarelas de Margaret Mee

A Pinacoteca do Estado de São Paulo inaugura exposição que homenageia os 100 anos de nascimento da artista


A Pinacoteca do Estado de São Paulo abre no próximo dia 25 de janeiro a exposição Margaret Mee – 100 anos de vida e obra. A mostra traz cerca de 100 obras de uma das mais importantes artistas e ilustradoras botânicas do século XX, que traduziu o deslumbramento pelas flores brasileiras em aquarelas.Entre as obras selecionadas para a exposição estão 59 aquarelas dedicadas à espécie das Bromeliáceas. Há ainda 17 obras da coleção Roberto Burle Marx e desenhos inspirados na caatinga brasileira. Serão expostas ainda quatro folhas de cadernos que Margaret usava durante as mais de 15 viagens que fez ao Brasil, com anotações que registram detalhes de cor, textura e aspecto de cada flor. Além de objetos de viagens, como presentes recebidos por tribos indígenas, pequenos troncos, bússola e pincéis. Margaret Mee – 100 anos de vida e obra.

ONDE: Pinacoteca do Estado de São Paulo - Praça da Luz, 2, São Paulo.
QUANDO: De 26 de janeiro até 15 de março de 2009, de terça a domingo, das 10 às 18h. QUANTO: R$ 4,00 e R$ 2,00 (meia). Grátis aos sábados.
CONTATO: (11) 3324-1000

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Escritor cultiva um jardim na área verde em frente ao prédio onde mora

Gizella Rodrigues - Correio Braziliense
Publicação: 26/01/2009 08:28

Todos os dias, o escritor Alexandre Pimentel, 44 anos, pula da cama antes das 7h e faz uma caminhada de uma hora pelas ruas da Asa Norte. Ele anda da 709 a 716 Norte, mas o hábito não é apenas uma forma de praticar atividade física. Pimentel é fascinado pela diversidade vegetal de Brasília e sempre aproveita para colher frutas de árvores espalhadas pelo caminho. Muitas vezes, precisa carregar um carrinho para transportá-las. Há um ano, porém, ele decidiu levar um pouco do que encontra pelas quadras do bairro para perto de casa. Com a ajuda de amigos e vizinhos, o escritor cultiva um jardim na área verde em frente ao prédio onde mora, na 709.

O jardim é um misto entre horta e pomar e reúne espécies frutíferas, ervas medicinais e temperos. Algumas flores e plantas ornamentais também enfeitam o ambiente. Tudo que é plantado pode ser colhido por qualquer morador da região — o jardim não tem cercas, é totalmente aberto. “Acho uma tolice quem mora em um lugar desses ir ao supermercado e comprar frutas cheias de agrotóxicos. Eu sempre pego as frutas da época diretamente do pé. Aproveito o tempo que gastaria indo ao supermercado para ganhar saúde”, afirma Pimentel.

O escritor procura levar a vida de uma forma totalmente natural. Ele é vegetariano e não come nada de origem animal. Também prefere tomar chás a comprar remédios vendidos em farmácias. Por isso, o jardim nasceu com o plantio de algumas ervas medicinais, como folha-santa, boldo, melissa e erva-cidreira. “Às vezes, uma das crianças tem dor de barriga e é muito mais fácil arrancar umas folhinhas de boldo do que gastar gasolina e ir a uma farmácia”, diz. “Parece simples, mas a vida é simples assim. As pessoas que complicam”, diz.

Aos poucos, a iniciativa de Pimentel teve repercussão e o jardim cresceu. Com mudas doadas por vizinhos, amigos, conhecidos ou compradas do próprio bolso, ele plantou uma mangueira, um abacateiro e duas bananeiras. A variedade de ervas também cresceu. Pimentel tem plantados pés de dente-de-leão (muito usada contra o diabetes), babosa (que é cicatrizante) e neem (uma erva indiana com poderes antisépticos). Isso sem falar nos temperos como alecrim, manjericão e manjerona, que a família usa para cozinhar.

Cuidados
Quando chega da caminhada matinal, Pimentel passa meia hora cuidando da plantação. Aos fins de semana, porém, fica horas podando as mudas e plantando novas árvores. Sempre é ajudado pelos filhos, principalmente pelas caçulas Shanti, 9 anos, e Naline, 6. Elas pedem para colocar as mudas nos buracos abertos pelo pai e para cobri-las com terra. É como se fosse uma terapia familiar.

Quem mora perto do pomar admira o cuidado do escritor com as plantas. Antes de o jardim ser criado, os vizinhos eram obrigados a conviver com o mato alto na área. Agora, eles podem usufruir das ervas cultivadas ali. A esteticista Márcia Noronha, 46 anos, plantou flores no jardim e quer semear um ipê no local. “Se todo mundo fizesse um pouco do que ele faz, Brasília seria muito mais bonita”, diz.

AJUDE O JARDIM
Alexandre Pimentel quer ajuda para aumentar ainda mais o jardim. Ele pede a doação de mudas de árvores, principalmente de espécies frutíferas. Se você puder colaborar, ligue para 3964-4546 ou 9228-9449.

domingo, 25 de janeiro de 2009

A Erva do Ano


Todo ano a Herb Society of America escolhe uma erva do ano. A escolhida de 2009 é o louro.
Aguardem que logo haverá um post especial sobre o louro aqui no blog!


quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Abençoando a comida



Eu havia prometido continuar escrevendo sobre magia na cozinha aqui no blog, então lá vai: hoje vou escrever sobre abençoar nossa refeição.

Um modo de abençoar a comida, na minha opinião, é enquanto você a prepara. Mas muitas vezes não temos essa chance e comemos a comida da mãe, do restaurante... Para abençoar essa comida, você deve trabalhar nela antes de ingeri-la.

Veja que não estou dizendo que a comida feita por outra pessoa é ruim. Abençoar também é um modo de agradecer o alimento que a Natureza lhe proporcionou. Lembre-se que, ao ingerir alimentos de origem animal ou vegetal, você também está recebendo a energia deles, bem como das pessoas que os cultivaram. Daí a importância de consumir alimentos orgânicos ou que você mesma planta (ou cria, no caso dos animais). Atenção, vegetarianos: não venham me achincalhar aqui no meu blog (rs).

Quando abençoamos a comida, honramos o animal ou a planta pelo sacrifício feito em nossa causa e liberamos quaisquer energias negativas que possam estar embutidas no alimento.

Aliás, até quando você mesm@ estiver preparando a comida, é bom se centrar antes e deixar os problemas de lado. Algo prático é contar de um a dez e depois fazer algumas respirações profundas.

Para abençoar a comida, eu costumo fazer uma prece antes - se estiver em um restaurante, é claro que eu faço a prece em silêncio. Em casa, fazer uma prece ajuda a criar um ritual familiar.


Crédito da foto: http://www.mrsikhnet.com/hello/1328287/700/Gurumustuk_Blessing_his_food-2005.07.21-17.23.41.jpg

As Crianças e a Natureza



Há algum tempo escrevi aqui no blog que estava com vontade de ler um livro chamado "Last Child in the Woods", de Richard Louv.

E não é que tive acesso a um resumo do livro, com 10 páginas? Isso é que é ser bruxa! (rs)

Vou tentar "resumir o resumo" do livro aqui para vocês...
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Para estar em contato com a natureza, não é preciso ir muito longe. Ela está nas florestas, nas montanhas e no deserto, mas também está no quintal da nossa casa e no playground da escola. Por isso eu acho importante, ao escolhermos um lugar para nossas crianças estudarem, verificar a presença do verde no local. Os pais também podem exigir disciplinas relacionadas a ecologia e/ou disciplinas ligadas ao estudo da natureza no currículo.

Se seu filho é muito agitado, por exemplo, deixe-o brincar no quintal. Isso renovará a conexão biológica da criança com a natureza, promovendo um efeito calmante. Aliás, várias pesquisas estão provando que o contato com a natureza ajuda a diminuir os efeitos da hiperatividade e da obesidade em crianças.

Estar em contato com a natureza estimula nossos cinco sentidos, todos de uma só vez. Ficar brinando com o videogame e vendo televisão utiliza apenas um ou dois sentidos, meio que "atrofiando" aqueles que não são utilizados.

Se não incentivarmos nossos filhos a ter contato com a natureza, provavelmente também não teremos ambientalistas no futuro, pois como as crianças vão defender algo com que não tiveram contato e não conhecem?

Por mais que nos vejamos "separados" da natureza, nós fazemos parte dela. Por isso pode haver sofrimento quando nos vemos longe dela. Quando digo sofrimento, pode ser tanto físico quanto espiritual ou mental. Se você não sofre com nenhum desses problemas, a natureza também pode ser uma terapia preventiva.

Muitos pais não deixam seus filhos ter contato com a natureza por medo. Medo de que alguém os sequestre, de que se machuquem. Mas você não precisa deixá-los sozinhos: una-se a eles. Ou, melhor ainda, deixe-os sozinhos, apenas supervisione a brincadeira. No livro de Louv, ele diz que os crimes contra crianças geralmente são praticados por pessoas que elas conhecem, e não por estranhos. Eu, como mãe, não arriscaria deixar meu filho sozinho na rua - prefiro supervisionar, mas dando liberdade total ao meu filho para correr e pular.

Uma sugestão é acampar com as crianças, mas tomando o cuidado de não fazer com que isso seja apenas mais uma atividade chata da família, e sim um momento em que todos saem da rotina louca do dia-a-dia para contemplar a natureza e interagir com ela.

Ler sobre a natureza é uma outra sugestão de atividade com as crianças, assim como pescar. Leve-os aos parques, estudem árvores, plantas... Procurem formas nas nuvens!

Sim, a natureza é curativa. E se você quiser mais informações sobre o assunto, pode ler sobre ecopsicologia ou escritos de Theodore Roszak, que é considerado o pai dessa ciência.


Danielle Sales
15/1/2009


Crédito da foto: http://www.sutcliffeplay.co.uk/sutcliffe_new/static_pics/Nature_main.jpg

Para Hoje - 15/1/2009

"A arte de viver exige que eu goste de mim mesmo, que me aceite como sou e pare de desejar ser alguém diferente. Não há lugar para simulação. As pessoas que desenvolveram a arte de viver são pessoas profundamente sensíveis e amorosas, que conseguem manter a sua independência. Elas respeitam seus próprios valores e opiniões, assim como os dos outros."