Recebemos aqui no blog o livro de Alexandra Oliveira, figura
bastante conhecida no meio pagão, autora de um blog que eu simplesmente adoro,
o Sofá da Alex, e também grande divulgadora do reconstrucionismo helênico no
Brasil.
Alexandra começou a escrever poesias muito cedo, assim que
entrou na puberdade, e sua principal influência foram os escritores modernistas
e românticos. Além desses escritores, Alexandra também foi fortemente
influenciada por seu avô paterno. Depois que Alex já havia escrito diversas
poesias, seu avô encontrou um de seus cadernos quando ela tinha apenas 16 anos
e ficou encantado com a qualidade desses, incentivando-a a escrever ainda mais.
Após sua morte, deixou para ela vários livros de escritores românticos.
Alexandra sempre teve em mente que, antes de aprender outras
línguas, deveria conhecer bem a sua própria. Por isso, desde a mais tenra
adolescência consumia livros de autores consagrados e chegou a ser monitora de
redação no ensino médio. Mais tarde, formou-se em Psicologia, em Letras e
especializou-se em Língua Portuguesa.
O tempo passou, Alexandra seguiu escrevendo e, em 2015,
publicou seu primeiro livro pela Editora Pragmatha, Alvos Anis, com 91 poemas selecionados por ela mesma, expostos em
ordem cronológica. Aliás, por meio desse tipo de apresentação, fica clara toda
a evolução do trabalho de Alexandra, com poemas que vão da inocência da
infância e adolescência (com “Tolice” e “Versos de papelzinho” por exemplo) até
poemas mais maduros, produzidos há pouco, em 2013.
No livro também há poesias em outras línguas, como “Professoressa”
e “Magari”, em italiano, “España”, em espanhol, e “The same” e “Spirit”, em inglês, o que, em minha
opinião, comprova que Alexandra é mestre na arte de poetizar, pois, quando um autor consegue
expressar a formalidade poética em outros idiomas, para mim este é um dos sinais de que atingiu sua maturidade e dominou a técnica.
Meus preferidos são “És me amor, sou tua amante” e “És
donzela, eu cortesã”, com destaque para o ponto alto da produção de Alexandra, “Temíscera”,
que é uma releitura de “Vou-me Embora pra Pasárgada”, de Manuel Bandeira,
em uma poderosa versão feminina e amazona.
No livro também há referências religiosas, como em “Persephone”
e “Ares” (em inglês) e o lindíssimo “A Ártemis”.
Ao ler este livro, você terá a oportunidade de acompanhar a
maturidade profissional de Alexandra como escritora e poderá apreciar
belíssimos poemas, todos movidos a paixão pelas letras, pela arte, pela beleza
e pelos deuses.
Link para quem quiser adquirir o livro: http://www.pragmatha.com.br/produto/alvos+anis/119
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