Eu comecei cometendo o mesmo erro que quase toda bruxa iniciante comete: achando que a única maneira de me manter conectada ao mundo da divinação era o tarô. Que fique bem claro aqui que ele é um dos meios, e não o único. E ainda bem que eu percebi isso a tempo, ou teria me frustrado bastante por não ser boa de tarô.
Um pouco da minha história com os decks: como sou uma pessoa compulsiva, saí comprando tudo quanto foi tarô, tentando me conectar a um deles. Sei que esse é um processo natural, que a gente vai comprando um deck atrás do outro e, por fim, acabamos tendo afinidade maior por dois ou três. Foi o que aconteceu comigo e, com esta blogagem coletiva, tive o prazer de poder sentar no chão com todos os meus decks e fazer um balanço.
Dentro dessa proposta de achar que o tarô era pra mim, comprei o Tarô Mitológico, o Housewives Tarot, a caixa com o Curso Completo do Nei Naiff, o Tarô Zen do Osho, o Rider Waite, o Tarot of Mermaids [sobre o qual já escrevi aqui no blog], ganhei o Tarô Dourado do Botticelli... Mas, enquanto isso, eu, que sempre soube que minha praia era o feminino (por isso acabei entrando no mundo da bruxaria, e não ao contrário), eu também acabei encontrando alguns decks que me agradam muito, a saber:
Eu amo o Oráculo da Deusa. Não sei se porque foi meu primeiro, mas é um dos que mais uso. E também sei que ele não é um tarô, como logo as bruxas mais experientes vêm dizendo e apontando o dedo na sua cara (rs). Comprei também o Tarô da Deusa Tríplice, que segue quase a mesma linha que ele, mas não tem jeito, não me identifico de jeito nenhum.
O Motherpeace, que é o deck que mais uso hoje em dia, com o auxílio dos livros Mãe Paz e Rituals and Practices with the Motherpeace Tarot (o deck se encontra num lindo case de crochê que a Luciana Onofre me deu de presente!), não é o meu deck mais bonito, mas é um dos que mais me auxiliam em minha busca por autoconhecimento.
O The Wise Woman`s Tarot, da querida diânica Flash Silvermoon (este eu comprei primeiro que o Motherpeace. Pode ser considerado meu primeiro deck voltado exclusivamente para o feminino, se pensarmos que o Oráculo da Deusa é um oráculo, e não um deck de tarô), é muito bonito e suas imagens de mulheres fortes me agradam muito. Ah, e as cartas são bem grandonas!
O Daughter’s of the Moon [ver foto de duas cartas abaixo], criado pela também diânica Fiona Morgan, apesar de ter suas cartas redondas como o Motherpeace, possui uma arte muitíssimo mais sofisticada. Posso dizer, sem sombra de dúvida, que é deck mais belo que tenho.
Quando eu digo para as pessoas que o tarô não é para mim, é porque simplesmente sou incapaz de estudá-lo. Acho-o muitíssimo complexo e, por isso, sempre consulto os livrinhos que os acompanham, pois não consigo fazer uma interpretação sozinha. Isso, no entanto, não me impede de comprar tarôs que acho bonitos, como o Tarot of Jane Austen [na foto abaixo], o Tarot of Trees [sobre o qual já escrevi aqui], o The Goddess Tarot, o Barbara Walker Tarot e até mesmo um baralho da Frida Kahlo que comprei numa exposição (rs).
Além dos tarôs voltados para o feminino, que descrevi acima, tenho grande apreço por alguns que utilizo com o auxílio do mundo verde, que são o The Herbal Tarot, o Jardim Interior, que é um oráculo de flores criado por Denise Maria Cordeiro, e o Flowers of Love, este último um simpático oráculo, com belíssimas cartas, voltado para as questões amorosas, além do Tarô de Ceridwen, um oráculo com poucas cartas, criado pela minha inesquecível professora Teresa Modro. Dela, para consultas rápidas e preguiçosas de minha parte, uso ainda as Pedras de Brigid e as Pedras Rúnicas Celtas, que são peças de cerâmica esmaltada [veja foto a seguir].
Falei muito de tarô até aqui, disse que achava que eles não era para mim (apesar de eu ter um monte deles e usá-los, rs) e agora vou contar para vocês qual o oráculo mais querido, aquele do meu coração: as runas, visto que esse é o panteão com o que venho trabalhando há um tempinho. Tenho dois jogos, um feito pelo Maurício Ferreira, que é o que mais uso, e outro feito por outra pessoa, que uso menos. As do Maurício, feitas de cedro rosa, são meu verdadeiro xodó. As outras, apesar de estarem inscritas sobre sementes, não apresentam uma boa visualização dos símbolos com o passar do tempo, por isso as abandonei.
Essa é a ferramenta divinatória que escolhi para mim e que venho estudando, apesar de parecer que nunca conseguirei aprender tudo (exatamente como com o tarô, rs).