Estava eu pesquisando livros infantis para fazer um trabalho quando dei de cara com este lançamento. Na hora, fiquei desesperada para lê-lo. Sou uma eterna estudante de herbalismo e nunca tinha visto um livro sobre coquetéis com esse viés da bruxaria.
Pensei que encontraria, como se diz na capa, “apenas” 70
receitas simples de coquetéis, mas o que achei dentro do livro foi mais
sensacional ainda!
A Parte 1 do livro apresenta um texto introdutório sobre o
uso do álcool na bruxaria, ou seja, como os coquetéis podem ser usados como oferendas
espirituais.
Depois, são apresentados os tipos de álcool com que um bartender
trabalha, bem como suas principais ferramentas e técnicas de uso no dia a dia.
Em seguida, são apresentados conceitos básicos de bruxaria,
como planetas, signos, estações, chacras, pedras e ervas. Percebe-se que se
trata apenas de uma revisão básica, para quem não conhece quase nada sobre o
assunto.
No final desta parte, há algumas receitas que servem como base dos coquetéis que serão apresentados na parte seguinte, como xarope simples, grenadine e xarope de mel, entre outros.
As receitas são fáceis e, logo após o título da bebida, cada uma vem com seus objetivos mágicos. Por exemplo, temos um xarope de louro e laranja para ter força, sucesso e seus desejos se realizarem, e um xarope de rosa e hibisco para “adoçar” alguém.
Na Parte 2, a festa começa de verdade! Divididas por
estações do ano, há coquetéis voltados para deidades (como Perséfone), para
fases da lua e por aí vai. No início de cada receita, as energias às quais cada
coquetel está associado. No fim de cada receita, com o mote de “técnicas avançadas”,
há sugestões de como potencializar as bebidas com pedras e cartas do tarô.
No inverno, minha receita preferida é The Lovely Lady, que
leva papaia e o xarope de mel, hibisco e rosas, que foi ensinado na Parte 1 do
livro como base. E também o Sake of the Inner Child (Saquê da Criança Interior), com a base de grenadine ensinada na Parte 1.
Todas as receitas vêm acompanhadas por fotos.
Como ponto negativo, há ingredientes que não fazem parte de
nossa cultura, sejam em termos de ervas ou de bebidas, como a Kahlúa, que compõe o Milk Moon Beautifier, da
qual nunca ouvi falar. Alguns pagãos também podem se ser sentir desagradados
com uma receita cujo mote é um santo cristão.
No apêndice, há muitas receitas de bebidas tradicionais, como Bloody Mary.
Seus rituais nunca mais serão os mesmos com estas bebidas que parecem ser
deliciosas!
PS: Recebi este e-book da editora original para fazer a resenha.