quinta-feira, 31 de maio de 2012

Novos acessórios para o jardim da Mulher Verde


A Rosa - Parte 1 - Usos Mágicos




Como eu já disse aqui no blog, todo ano a The International Herb Association define uma planta para ser a “erva do ano”. O ano de 2012 é da rosa e, por isso, todo mês, a partir de agora, eu vou publicar algo sobre a rosa aqui no Mulher Verde. Até o fim do ano, vou trazer para vocês curiosidades, receitas, dicas de plantio e muito mais!

Vamos começar com as informações de Scott Cunningham, em seus livros Cunningham's Encyclopedia of Magical Herbs e Magical Herbalism, ambos publicados pela Llewellyn.


Nome: rosa (Rosa spp.)
Gênero: feminino
Planeta: Vênus
Elemento: água
Partes utilizadas: flores
Use para feitiços de: amor, poderes psíquicos, cura, fertilidade, clarividência, adivinhações relacionadas ao amor, sorte e proteção.

Há muito e muitos anos (eu diria séculos), as rosas têm sido utilizadas em misturas relacionadas ao amor, por conta das associações que esta flor tem com as emoções em geral. Por exemplo, você pode utilizar diversas rosas em um encantamento de amor (mas remova os espinhos!) ou apenas utilizar uma única rosa em seu altar. Em banhos com esse fim, você pode utilizar as pétalas de uma ou mais rosas. Antes de iniciar feitiços com este fim, lave suas mãos com água de rosas, que pode ser feita por você ou comprada em lojas especializadas.

Diz-se que o chá de rosas, antes de dormir, induz a sonhos proféticos e, no passado, as mulheres, para descobrir com quem se casariam, costumavam pegar três folhas verdes de uma rosa e colocar em cada uma o nome de um pretendente. A folha que permanecesse verde mais tempo traria a resposta.

Para ter sonhos proféticos, você também pode queimar pétalas de rosas secas em seu quarto (mas não vá botar fogo nos seus aposentos!!!).

As rosas podem ser usadas em feitiços de cura. Você pode fazer sachês com as pétalas de rosas secas e até mesmo incensos com intenção de cura para si ou para outras pessoas. Experimente também colocar um pano com água de rosas em suas têmporas quando estiver com dor de cabeça para tentar aliviá-la.

As pétalas também ser usadas em feitiços para sorte, em amuletos de proteção pessoal e, quando as pétalas são jogadas do lado de fora da casa, diz-se que acalmam tanto as pessoas que moram dentro dela quanto a casa em si.

Diz-se que as rosas atraem fadas quando plantadas em um jardim.

domingo, 20 de maio de 2012

Lua Nova em Gêmeos - 20/5/2012

Gêmeos influencia a comunicação, o networking e a criatividade e, por isso, com essa Lua Nova temos boas oportunidades para falar em público e projetos (principalmente escritos). É um bom momento para começar aquele blog, aquele podcast que vamos adiando. Também é um tempo bom para fazer contatos de trabalho.

É também um momento bom para estudos, colocar a criatividade e a imaginação em dia. Trabalhe com suas musas, explore novos projetos e, com força e boas intuições, seus projetos tenderão a deslanchar.

Se você não é uma pessoa bem humorada, aproveite esse momento para relaxar, respirar e rir mais.

Hoje também temos um eclipse solar. Eclipses são sempre momentos poderosos e este tem o poder de “amplificar” os poderes da Lua Nova em Gêmeos, trazendo novos ares para as áreas de nossa vida em que nos sentimos meio que estagnados. Abra seu coração para o ar de Gêmeos em sua vida, para que esse momento lhe ajude a olhar de uma nova maneira seus antigos problemas.

O aprendizado tem seu lugar especial nesta Lua Nova em Gêmeos, então, se quer aprender algo, faça-o agora. A tendência é que você esteja mais criativo e aproveite mais o que estiver aprendendo.

Embora a Lua Nova em Gêmeos seja um momento em que geralmente falamos muito, também é válido ter momentos de meditação e pedir por uma comunicação límpida e clara, e também podemos querer manter o silêncio para receber mensagens que não costumam aparecer quando estamos em tempos de grande diálogo interior (eu sempre estou nesses momentos!).

terça-feira, 8 de maio de 2012

Óleos essenciais para o inverno

Por aqui, já comecei a preparar meus blends de óleos essenciais para o inverno. Quer fazer o mesmo? Anotem as receitinhas:


Blend de inverno
10 gotas de OE de cedro
25 gotas de OE de bergamota
30 gotas de OE de junípero


Blend contra congestão nasal

5 gotas de OE de eucalipto
3 gotas de OE de lavanda
2 gotas de OE de tea tree
2 gotas de OE de pinho


Blend para acordar

7 gotas de OE de bergamota
5 gotas de OE de grapefruit
3 gotas de OE de alecrim


Blend do sol

5 gotas de OE de limão
5 gotas de OE de laranja
3 gotas de OE de gerânio
2 gotas de OE de hortelã-pimenta



segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Tenda Vermelha, de Anita Diamant


Mas vejam só vocês. A gente acha que escolhe um livro para ler, mas, na maioria das vezes, o livro é que escolhe a gente. Em março, peguei nas mãos pela centésima vez o livro “A Tenda Vermelha”, de Anita Diamant, publicado pela Editora Sextante no Brasil e que teve mais de 3 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.

A despeito do tema menstruação, que muito e sempre me interessa, eu não gosto de ler romances históricos. Temas bíblicos também não me agradam. Então por que haveria eu de ler aquele livro justamente agora?

O fato é que passei dois meses absorvida, no meu pouco tempo livre, pela leitura desse livro. Encantanda com as possibilidades antigas das mulheres em suas tendas vermelhas. E, para quem não puder (ou simplesmente não quiser) ler o livro, vou tentar fazer um resumo, a partir de agora, de como eram as tendas vermelhas nos tempos antigos.

Quando a menina tinha sua primeira menstruação, as mulheres da casa (mães, irmãs mais velhas e criadas, por exemplo) entoavam uma canção gutural reservada ao nascimento, à morte e ao amadurecimento das mulheres. As mulheres menstruavam na Lua Nova, e com a primeira menstruação de uma menina suas unhas e sola dos pés eram untados com henna, assim como suas pálpebras eram pintadas de amarelo. Elas recolhiam todas as joias que conseguissem encontrar e forravam os dedos das mãos e dos pés, os tornozelos e os pulsos da menina. Cobriam-lhe a cabeça com o mais fino bordado e levavam-na para a tenda vermelha. Lá dentro cantavam às deusas.

Enquanto as mulheres cantavam canções de boas-vindas, a moça comia mel de tâmaras e bolos de fina farinha de trigo com a forma triangular do sexto feminino, e bebia vinha doce. Tinha suas costas, braços e ventre massageados com óleos aromáticos até ser adormecida. Depois era levada para desposar a terra, conforme ritual descrito a seguir.

Levava-se até a menina uma taça de metal polido com vinho fortificado, escuro e doce, com propriedades sedativas. Depois, pintava-se uma linha vermelha dos pés até o sexo e, a partir das mãos fazia-se um padrão de bolinhas que era conduzido até o umbigo.

Para que a menina pudesse “enxergar longe”, usaram kohl em seus olhos e perfumavam-lhe a cabeça e as axilas. Tiravam-lhe a roupa que usavam e colocavam-lhe uma mortalha para placenta que ficava dentro da tenda vermelha como vestido. As outras mulheres alimentavam a menina e tudo era feito em clima de festa e amor. Seu pescoço e suas costas eram massageados, canções eram entoadas, todas dançavam e batiam palmas.

Havia então a parte final do ritual, que eu não vou descrever aqui por receio de alguém ler e sair fazendo a mesma coisa por aí, o que não acho, de modo algum, indicado. Se quiser descobrir, vá ler o livro (rs).

A menina, então, era conduzida de volta para a tenda vermelha, onde dormia. Era considerado de bom augúrio se ela sonhasse e perguntava-se que forma a deusa tinha tomado em seu sonho.

Depois desse ritual, a moça ficava na tenda durante os três dias seguintes, recolhendo seu fluxo num vaso de bronze, já que “o primeiro mênstruo das mulheres constituía poderosa libação para a horta”. Quando o ritual acabava, havia um costume mais antigo ainda de aguardar sete meses após a primeira menstruação para que a moça pudesse se casar. Depois disso, passavam a usar um tipo de cinto que as identificava como mulheres que já haviam menstruado.

Hoje em dia, as mulheres não mais celebram a menstruação das meninas e, antigamente, era considerado um tabu não fazer essa celebração do primeiro sangue, recebendo a menina na vida de mulher com cerimônia e com ternura.

Depois da primeira menstruação, as meninas eram consideradas mulheres e passavam a usar, além do cinto citado anteriormente, um avental e a cobrir a cabeça. Também havia a vantagem de não precisar carregar e ir buscar coisas durante a Lua Nova, quando poderia sentar-se junto das outras mulheres dentro da tenda vermelha durante 3 dias e 3 noites, até a primeira visão da Lua Crescente. Durante esses três dias, o sangue vertia em cima de palha fresca.

De fato, era respeitado o período de descanso menstrual mensal das mulheres dentro das tendas vermelhas. Para mim, esse era um ponto de valorização das mulheres. E uma outra evidência dessa valorização, em minha opinião, é que, “após o nascimento de um menino, as mães descansavam de uma lua à outra, mas o nascimento de uma doadora de vida requeria um maior período de separação do mundo dos homens”.

E você acha que as mulheres ficavam quietinhas na tenda vermelha? Não. As mulheres grávidas podiam entrar na tenda e falar sobre o que sentiam a cada mês. As outras falavam das façanhas de seus filhos e filhas. Trançavam o cabelo uma das outras e faziam massagens nos pés umas das outras com óleos, bem como comiam bolos e davam o peito a seus bebês.

Muitas mulheres, durante sua menstruação, só usavam as cores vermelho e amarelo, as cores do sangue da vida e o talismã para uma menstruação saudável.

Havia mulheres que não podiam entrar na tenda vermelha? Sim. Aquelas que já haviam passado do seu período de engravidar e as que ainda não haviam menstruado.

E, para terminar, a fala de uma das personagens do livro, Zilpa:

“O fluxo escuro do mês, o sangue curandeiro do nascimento da lua, para os homens isto é fluxo e mau feitio, aborrecimento e dor. Eles imaginam que nós sofremos e consideram-se sortudos. Nós não os desenganamos. Na tenda vermelha, a verdade é conhecida. Na tenda vermelha, onde os dias passam como uma corrente ligeira, enquanto o dom de Innana corre por nós, limpando o corpo da morte do último mês, preparando o corpo para a vida do novo mês, as mulheres dão graças pelo repouso, pela restauração, pelo conhecimento de que a vida vem de entre as nossas pernas, e de que a vida custa sangue.”