terça-feira, 17 de novembro de 2009

Entrevista com Álex sobre as AMAZONAS





1) Alexandra, você foi a única mulher que encontrei, na blogosfera, falando das amazonas com seriedade. Como você as "descobriu"? Por que se sentiu atraída por elas?

É difícil encontrar coisa "séria", primeiro por as pessoas verem as amazonas como mito ou algo que já existiu e acabou e cuja única forma de contato com seu modo de vida seria por reencenações em televisão ou simulações em jogos de RPG. Eu mesma, quando falava sobre ser amazona, encontrei algumas vezes resistência como se eu fosse uma louca. Uma garota (ou seja, mulher, que deveria ser unida e apoiar a outra) até me disse "tudo bem você gostar ou ler sobre elas, mas dizer que é uma...", enquanto, por outro lado, já encontrei garotos que desejavam ter podido nascer mulher para ser amazona. Tendo Atena como patrona no Helenismo, eu busco muito sabedoria/consciência/sensatez, então acredito que a forma mais racional de se falar a sério das amazonas é pela história, que é o que mais nos conecta ao real. Descobri as amazonas porque estudava os gregos e também por fazer um curso de mitologia indígena. No Brasil, tínhamos as Icamiabas, tribo de mulheres guerreiras. Isso é histórico, registrado. Também assisti a documentários sobre as amazonas da Europa e Ásia, li artigos arqueológicos, procurei coisas científicas que pudessem provar por evidências a possibilidade de elas terem existido de verdade. Quanto a acreditar que possa haver uma reconstrução de pelo menos parte de seus valores, posturas e atitudes perante a vida, basta ler o texto de 200 anos antes da nossa era, falando da destruição que realmente ocorreu no templo de Ártemis e dirigindo-se às "irmãs do futuro", o que poderíamos tomar como uma crença de um retorno da nação. Esse texto eu traduzi do inglês e está no blog: http://amarice.wordpress.com/2008/01/15/mensagem-as-guerreiras-modernas/ .

Ele apareceu na minha frente um tempo depois de eu ter descoberto um grupo de americanas que intencionava reconstruir fisicamente uma vila amazona, comprando terreno, dividindo tarefas, e não eram mulheres loucas, eram engenheiras, psicólogas, professoras, enfim, adultas e saudosas dessa união sagrada do feminino. Parece que o projeto não saiu do papel, e não sei se diria "infelizmente", pois acredito que somos mais úteis vivendo entre as pessoas e dando o exemplo das nossas 13 virtudes do que nos isolarmos comodamente do resto das pessoas. E atraí-me pelas amazonas porque a vida inteira presenciei ou soube de injustiças cometidas contra mulheres, humilhações e violações à alma e à dignidade de cada uma de nós sem que nada se fizesse, e não quis ser conivente e parte disso que permite que as coisas sejam assim. Outra coisa curiosa foi que a primeira viagem induzida que fiz no xamanismo (bem antes dessa história toda) eu encontrei amazonas me recebendo no mundo xamânico.


2) Para você, quem é a amazona atual?

A amazona atual tem honestidade (procurar ser verdadeira), coragem (não trair seus princípios), compaixão (generosidade), orgulho de si e de sua tribo (não orgulho excessivo, mas excelência pessoal), igualdade (como expressão de humanidade e justiça), dignidade (respeitando o valor de si e dos outros), tradição (ter um guia de vida a considerar), honra (ter palavra e cumprir com sua obrigação), independência (confiar em si e na sua consciência, mas saber pedir ajuda quando realmente precisar), força (perseverança e a certeza de que faz parte de uma força maior da causa amazona), espiritualidade (acreditar em algo sagrado, seja de qual crença for), diversidade (cada parte tendo seu propósito e contribuindo para o todo), unidade (saber ser uma família unida pelos ideais das antepassadas, uma unidade que além de virtude é proteção e forma de prosperarmos). A amazona não sai por aí fazendo alarde de si ou de suas irmãs, porque dar um aviso é como dar a oportunidade de o adversário se preparar e se armar para combatê-la. Ela conhece suas melhores armas, sabe levantar sempre que cai e estará sempre procurando lutar pelo que acredita.



3) Você tem conhecimento, no Brasil, de grupos que estudem e/ou honrem as amazonas?

Não. Conheci dois ou três grupos nos EUA que trocavam informações acadêmicas e procuravam evitar jogos/brincadeiras. Algumas inclusive foram escoteiras ou eram militares. No Brasil eu participei de algumas comunidades virtuais, mas todas acabavam ou falando de Xena ou de RPG e não levando a sério para suas vidas o treino constante para se aperfeiçoar como mulher e guerreira de verdade. (Nada contra Xena, que eu adoro, mas tenho consciência de que não é bem por ali o caminho.) Sei que existe quem leve a sério ou honre as amazonas com seu modo de vida, algumas delas visitam meu blog, mas não conheço um grupo organizado e estruturado do qual possa falar ou indicar.


4) A amazona da atualidade, na sua opinião, tem um "visual predefinido"?

O visual de uma amazona deve ser apenas reflexo de seu modo de vida e sua disposição interior. A amazona deveria se vestir com o que se sente bem, não com o que lhe dita a moda ou as proibições e perseguições do estilo "uniban" que não são de hoje que se espalham e causam pavor e traumas nas mulheres. Seu físico e sua auto-confiança serão resultado da sua busca pela excelência física e mental. Não há necessidade de se fantasiar como se fosse para um festival no bosque, porque você não vive em uma floresta, mas, se tiver oportunidade e lhe der vontade, também nada lhe impedirá de fazê-lo. Já houve uma festa de Halloween que eu fui de guerreira: coloquei bota, pintei o rosto, prendi uma adaga no cinto e me senti muito bem.


5) Para você, como se dão as relacionamentos (sexuais ou não) de uma amazona atual?

Muita gente que pensa que esse negócio de amazona é coisa de lésbica, o que não é verdade. Qualquer mulher (hetero, bi, les) que seja autêntica, honesta com quem é de verdade, que se expresse com respeito, igualdade e dignidade, e todas as virtudes que citei anteriormente, pode ser amazona. O fato de uma mulher amar outra mulher não a qualifica como amazona, muito menos se ela for das que carregam ódio pelos homens, que é uma forma de generalização injusta que não combina em nada com a proposta e postura de uma mulher centrada e que conhece a honra de uma guerreira. Os relacionamentos de uma amazona serão honestos, ela não vai esconder nem de si nem da outra pessoa em questão quem ela é, como se expressa, o que gosta, nem vai ter medo de ser quem é. Hoje em dia muitas mulheres permitem que haja uma "colonização do desejo" delas, mesmo adultas, deixando que lhe ditem a quem ela deve amar ou quando deve se entregar etc. Se ela já tem maturidade emocional, o máximo que se pode fazer é aconselhar, e não ditar regras contra o que ela sente. Por isso acaba sendo realmente mais fácil/comum você encontrar amazonas homo ou bissexuais, porque foram mulheres que disseram "não" à tentativa de lhes podarem a expressão natural do desejo que há nelas. Há uma resolução melhor do seu papel e identidade sexuais numa situação assim. E seus relacionamentos amorosos fluem com mais dignidade e cumplicidade quando isso acontece.


6) Você acha que as mulheres em geral perderam a conexão com as amazonas?

Muito do que eu diria aqui eu acredito que já desenvolvi nas respostas anteriores. Eu acho que é mais fácil você se deixar colonizar, ter alguém que lhe diga o que fazer, o que pensar etc., então elas acabam sendo levadas e vão cada vez mais sendo enredadas numa situação difícil de sair, porque se acostumam ou temem as consequências que adviriam caso elas resolvessem mudar. A liberdade tem um custo, o da responsabilidade, porque se você pode fazer suas escolhas sozinha, só você responderá por elas. Mas quando uma pessoa procura, ela eventualmente acha. Se a conexão foi perdida, ela só continua perdida para quem não vai atrás dela. Pode não ser fácil como o comodismo de ficar onde/como está, mas também vai ser mais recompensador e você vai dormir mais tranquila por saber que fez sua parte e viveu sua própria vida (não a dos outros ou a que os outros sonharam/planejaram pra você).

Obrigada você pela oportunidade e pela lembrança,
Álex.
http://amarice.wordpress.com


Eu é quem agradeço pela aula, Álex!!!

domingo, 15 de novembro de 2009

Camomila



Nomes científicos: Matriarcaria recutita (camomila alemã); Chamaemelum nobile (camomila romana); Anthemis nobilis.

Planeta: Sol

Elemento: Água

Propriedades mágicas: dinheiro, sono, amor, purificação.

Depois da lavanda, esta é a minha segunda erva preferida. Estou sempre comprando toneladas de camomila seca, mas infelizmente não tenho grana para comprar o óleo essencial (Às vezes acho que, na verdade, ninguém tem R$ 294,00 para comprar um óleo essencial de camomila...).

A camomila foi utilizada como anti-séptico até o final dos anos de 1940. Hoje ela é comumente usada em tratamentos dermatológicos (dermatite, alergias, eczema, psoríase, picadas de insetos) e também para aliviar náuseas e vômitos, acalmar dores no estômago e aliviar a indigestão e a gastrite.

Para utilizar a terminologia das plantas medicinais, é considerada anódina, antiespasmódica, aromática e estimulante estomacal. O chá é bom para cólicas com flatulência, dispepsia, febre, início da dentição e cólicas em crianças. Também se pode fazer uma boa lavagem com infusão de camomila em feridas.

E, é claro, o chá de camomila é muito relaxante e pode ajudar aquelas pessoas que têm insônia.

A camomila é rica em niacina, magnésio, fósforo, riboflavina e sódio, e também fornece cálcio, ferro, manganês, potássio e vitamina C. É rica em óleos voláteis, e suas propriedades curativas são facilmente extraídas pela água (por essa razão é geralmente ingerida em forma de chá).

Esta erva, que na linguagem das flores significa persistência, também é utilizada para a neuralgia, diarréia e reumatismo. Em forma de compressa, alivia a conjuntivite. Se a pessoa está em dieta, deve tomar cuidado com a camomila, pois ela aumenta o apetite.

Costumo fazer um escalda-pés com camomila no fim do dia, e também gosto de bebê-la com leite à noite também. Quando meu filho não está respirando bem, uso o vapor de camomila para ajudá-lo a respirar melhor.

Magicamente, diz-se que, quando “polvilhada” (em forma de pó) em volta de uma casa, ela remove maldições e feitiços contra o dono desta. Também pode ser usada em rituais de prosperidade. Se você lavar o rosto e os cabelos com camomila, diz-se que irá atrair um amante.

Também se fala que esta erva deixa as pessoas mais suscetíveis aos seus pensamentos e idéias, bem como mais dispostas a lhe agradar.

Foto: http://lilithsapothecary.wordpress.com/

domingo, 8 de novembro de 2009

Mulher em Fases (Moon Inside You) - Documentário

Há algumas semanas fiquei acordada até 1h30 da madrugada para assistir a um documentário exibido pelo canal pago GNT sobre menstruação. O nome dele era Mulher em Fases e fazia-se um grande alarme para o fato de que Astrid Fontenelle, apresentadora de um programa diário no mesmo canal, faria a narração em português.

O documentário seria exibido também na próxima terça-feira, mas, por já ter um compromisso nesse dia, lutei contra o sono para assistir a um programa tão voltado aos meus interesses.

O mote do filminho era uma mulher, Diana Fabianová, que saia pelo mundo investigando por que o fato de menstruar é tão incômodo para tantas mulheres. Esse “segredo”, assim que “descoberto”, seria revelado a uma menina mais nova, que ficaria em seu país de origem – não lembro qual é – esperando a mais velha voltar com as boas novas. Durante todo o documentário, temos a possibilidade de ver a mocinha conversando sobre menstruação, falando de si e das amigas. Interessante é o momento em que ela olha para a câmera e chora sem parar, sem saber o que está acontecendo, algo que pode acontecer conosco mensalmente um pouco antes da menstruação. Quase no fim do documentário, a menina nos confidencia sobre sua primeira menstruação.

Diana conversa com várias mulheres sobre temas como a biologização do feminino, sobre os benefícios da dança no corpo da mulher, cólicas, parto com prazer, produtos alternativos para menstruação etc. Sem dúvida, é um material muito importante para ativistas menstruais e mulheres em geral.

Inclusive, a moça vem para o Brasil conversar com o Dr. Elsimar Coutinho, aquele que defende que a mulher não deve menstruar. É estranho ver mulheres carentes agradecendo por não mais menstruarem, e me irritou demais ver o médico, falando em inglês, que nosso sangue mensal é inútil. Há um certo momento do documentário em que, sutilmente, a autora discorda desse médico, mas não espere ver algo agressivo, trata-se apenas de uma fala, que pode “passar batida” a qualquer uma de nós.

O mais gratificamente, pessoalmente, foi poder ver o rosto de uma de minhas “musas inspiradoras”, Alexandra Pope, no documentário. Ela, que é australiana, publica livros sobre o assunto e dá workshops, atualmente vive na Inglaterra e nos escrevemos de vez em quando. Um rosto calmo, uma fala gostosa e muita vontade de defender os ciclos da mulher, foi o que vi naquela face.

Algo que aprendi com o documentário foi que a indústria dos produtos para menstruação, uma indústria de 2 bilhões de dólares por ano, utiliza muito pesticidade em suas plantações de algodão. E depois colocamos isso no meio de nossas pernas.

O site do documentário é este aqui: http://www.mooninsideyou.com/. Espero que uma dia ele seja reexibido ou que o canal disponibilize-o em DVD, pois o vejo como uma ótima ferramenta educativa sobre a saúde da mulher.

Danielle Sales

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tradição Wicca Diânica por Bruxas Feministas que Veneram a Deusa (por Z Budapest)



Esta é uma tradição somente para mulheres. Praticamos os Mistérios das Mulheres. Celebramos as estações da vida e nosso lugar no círculo do renascimento.

Esta tendência de veneração, mulheres juntas em oração, está presente em todas as tradições étnicas. Os Mistérios Espirituais das Mulheres é a essência da comunidade, onde mulheres cuidam de questões importantes, abençoam as crianças e a casa, providenciam proteção psíquica contra coisas ruins, mesmo fazer chover se houvesse uma seca.

Esta atividade somente das mulheres criou uma rica cultura de bordado, arte de cozinhar e assar, festejar e dançar.

Entendemos a Deusa como um Fluxo circular/Origem de toda a vida. Vemos o masculino e o feminino unidos na Mãe que pode criar iguais a Ela (filhas) e diferentes Dela (filhos). Ela é a Árvore da Vida.

Por essa razão em seus olhos todas as criaturas vivas partilham Sua essência divina. Ela é o começo e Ela é o fim. Além da Mãe Natureza há mais natureza. Ela é perpétua e auto-gerada.

O círculo dentro do círculo, Seu símbolo é a espiral assim como nosso DNA, tudo vem Dela e tudo a ela retorna, no final. Em outras palavras, nós concordamos com o novo cientista que vê o universo como uma imensa entidade reciclável, tudo que nós vemos fora há, também, dentro de nós, nós somos feitos da mesma matéria que as estrelas.

Somos as crianças das estrelas, raras, complexas e belas.

Como diz minha canção, que é bem conhecida no mundo todo:

“Nós viemos da Deusa
E a ela retornaremos
Como uma gota de chuva
Fluindo para o oceano.”

A Deidade

Nós honramos o Princípio Feminino do Universo de dez mil nomes. Isto é muito importante. É onde somos diferentes das demais tradições e religiões. Muitas das religiões têm um tipo de panteão com um nome importante ou um código para a deidade. Nós, como mulheres, não somos obrigadas a esse modo rígido.

Cada cultura tem dado à Deusa um nome com suas próprias imaginações, e isto continua a acontecer sempre.

Porém, nós somos humanos e precisamos quebrar este conceito em aspectos com os quais possamos nos conectar. Desde que entendemos a Mãe Natureza como Deus, Suas estações, sua natureza, todos os merecidos e diferentes aspectos se completam com nomes e características, refletindo nossa aventura terrena do berço até a sepultura.

Os aspectos frequentemente mais invocados são: a Deusa Donzela: Diana – Ártemis – Luna – Atena... a Deusa Rainha Mãe: Hera – Juna – Minerva – Nu Qua – Kwan Yin... a Anciã: Hecate – Magera – Kali – Innanna.

O que é UMA BRUXA DIÂNICA?

Uma mulher que venera a Deusa em suas muitas faces. Diânicas não têm que ser leais a apenas um aspecto da Deusa, você pode se conectar a quaisquer deles, a qualquer hora.

Você pode pesquisar e encontrar aspectos do Princípio Feminino do Universo que nós nunca ouvimos antes. No final, vemos todos os aspectos da Deusa como um só. Diânicas não são inseguras se você atende alguma igreja patriarcal, se você venera quaisquer outros deuses, mesmo deuses masculinos, pois a prática pessoal delas é a Deusa e somente para mulheres.

É importante que as mulheres tenham alguma coisa só delas, sua própria espiritualidade, sua própria cultura, seu valioso self interior. A Tradição Diânica promove a força nas mulheres e uma visão delas mesmas como divinas e completas/seres humanos inteiros.

(Traduzido por Aphrodisiastes, a quem agradeço por permitir a publicação aqui.)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A PÍLULA E OS CICLOS NATURAIS DO FEMININO


A PÍLULA E OS CICLOS NATURAIS DO FEMININO (porque uma das melhores maneiras de amar seu corpo é conhecê-lo!)


A cada dia vejo mais mulheres que querem parar de tomar pílula anticoncepcional. Quase todas, no entanto, não sabem dizer quais são os efeitos desses medicamentos em seu organismo. Só sabem que querem parar de tomá-las, pois geralmente sentem um mal-estar associado a esse tipo de medicamento.


No entanto, mesmo com essa consciência, tememos parar de tomá-la, pois são elas quem regulam nossos ciclos, deixam nossos rostos sem acne, nos livram das cólicas e não nos deixam engravidar.


Acima, listei os motivos pelos quais continuamos a ingeri-las. Mas veja a seguir uma lista dos problemas causados pelas pílulas:


1) depressão;

2) mudança de humor constante;

3) enxaqueca;

4) fadiga crônica;

5) falta de desejo sexual;

6) osteoporose e ossos quebradiços;

7) câncer.


Pense, a partir de agora, que as pílulas são hormônios sintéticos que você está colocando dentro do seu corpo. Medicamentos tomados por via oral acabam com o nosso fígado, imagine se tomados por anos e anos a fio, como as pílulas anticoncepcionais!


O anticoncepcional é uma droga, criada para interferir com uma das funções naturais de seu corpo, que é a fertilidade, a capacidade de engravidar. E o mais estranho é que ele é tomado, em geral, por mulheres jovens, que não apresentam problema de saúde algum. Isso não é estranho?


Dizem que é o medicamento mais usado no mundo todo, ingerido por nada mais nada menos que 300 milhões de mulheres do planeta. Você acha que os laboratórios farmacêuticos contariam a você que os anticoncepcionais afetam o processamento dos nutrientes que ingerimos, que elevam o risco de trombose e embolismo pulmonar? Eles podem colocar isso na bula, mas diga-me quem lê as bulas e as leva a sério?


Não se deixe iludir por essas “pílulas de nova geração”, “minipílulas” ou “de baixa dosagem”. Todas contêm hormônios demais mesmo que tenham essa denominação, fazendo com que as mulheres tenham dificuldades de engravidar quando sintam que chegou o momento.


Ao tomar a pílula, não podemos esquecer que estamos interferindo nos ritmos e ciclos naturais de nosso corpo, adicionando neles até 4 vezes mais hormônios do que os produzidos naturalmente por nós.


Parar de tomar a pílula significa nos responsabilizarmos por nossos corpos novamente. Será uma idéia tão radical assim reconhecer o ciclo menstrual como intrínsecos à saúde física e psicológica da mulher?


Observar-se e decidir o que faz bem ou não ao seu corpo é, sem dúvida, uma rica experiência feminina, que vale a pena tentar.


Danielle Sales

16 de agosto de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Dez dicas mágicas para usar a manjerona


Manjerona (Origanum vulgare)



Gênero: Masculino

Elemento: Ar

Planeta: Mercúrio

Direção: Leste

Deidades: Vênus, Afrodite, Anubis, Asclepius, Brahma, Buda, Dhanvantari, Ganesha, Hermes, Iris, Loki



Corpo: Fertilidade, aterramento, saúde e cura

Mente: Liderança, amor, impedir qualquer tipo de violência

Espírito: Compreensão




Propriedades mágicas: saúde, proteção, amor, felicidade, dinheiro, alegria, segurança, abundância, paz, celibato, sono, erva que pode ser utilizada em funerais, handfastings, casamento, atração.


Mulheres grávidas devem evitar a manjerona, pois ela pode causar irritação uterina grave, apesar de geralmente ser uma erva culinária segura, utilizada para tratar tensão nervosa, ansiedade, artrite, asma, constipação, insônia, problemas menstruais, enxaqueca e reumatismo.


Richard Webster, em seu livro Flower and Tree Magic, diz que a manjerona representa modéstia.


Dez dicas mágicas para usar a manjerona

1) Adicione em todos os encantos e sachês de amor.


2) Coloque um potinho de manjerona em sua sala para proteger a casa. Renove os potinhos todo mês.


3) Dê um vasinho de manjerona de presente a uma pessoa para trazer felicidade.


4) Coloque manjerona sob seu travesseiro (fresca é melhor) para sonhar com um futuro amor.


5) Quando estiver se sentindo pouco à vontade e com uma grande necessidade de acalmar o espírito, beba uma xícara de chá de manjerona que tenha sido mexida no sentido anti-horário (banimento), dizendo: "Que cesse a ansiedade, que seja liberada a tensão!”.


6) Antes de adicionar a manjerona a sopas e receitas, visualize sua família feliz.


7) Cheirar a manjerona por alguns segundos antes de qualquer tipo de rito facilita a consciência ritual.


8) Adicione manjerona aos alimentos para fortalecer o amor.


9) Se cultivada no jardim, a manjerona oferece proteção contra o mal.


10) Um amuleto contra resfriados para os tempos frios deve incluir manjerona e violeta.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Meus novos livrinhos






Estes são meus novos amiguinhos. Chegaram semana passada, após longas seis semanas de espera - sou ansiosa demais, sorry!
O Herbal Almanac é o que mais amo. Fiquei contente por ver que, na minha estante, esta é a quarta edição. Gostaria de ter dinheiro pra comprar os volumes até 2006, mas, como são livros usados, cada pessoa vende um ano na Amazon. Já pensou pagar o frete para cada um deles???
No Herbal Almanac de 2010 há dois textos da minha professora de ervas norte-americana. Um deles se refere exatamente ao que estou estudando agora: potions and brews (a arte de fazer infusões, xaropes etc.). Aliás, estou louca para aprender a técnica da infusão a frio, seus objetivos, resultados etc.
O Whispers from the Woods foi um dos livros sobre magia com árvores que mais me pareceu "internacionalizado", após longa pesquisa. Por isso está aqui em casa agora.
Já o Sea Magic eu comprei por ser da mesma autora que o Whispers from the Woods. Tenho certeza de que vou aprender muito com ele, ainda mais na próxima estação, o verão.

domingo, 27 de setembro de 2009

Um presente do meu filho


Hoje meu filho me deu um presente. Ele fez um lindo sachê com manjericão fresquinho dentro. (Enquanto escrevo aqui, ele acabou de me contar que também colocou hortelã e algodão.)
Para enfeitar, pôs uma florzinha de lavanda e também um pedacinho de samambaia. Ele mesmo escolheu a cor do saquinho. Vejam que lindo!
Um presente fofo de alguém que eu amo muito. Vini, a mamãe te ama!


sábado, 26 de setembro de 2009

Bloddeuwedd - Deusa da Sedução e da Escolha


Sempre achei que algumas deusas vêm até nós por algum motivo especial. Ficamos pensando que nós as achamos, mas elas é quem nos acham (rs).


Foi assim que, por motivos de estudo, conheci Bloddeuwedd. Queria aprender mais sobre deusas nórdicas, e o único curso que achei misturava as nórdicas e as celtas, ou seja, para chegar nas nórdicas, vou ter de estudar ao menos quatro celtas. Estava achando isso um saco, até que conheci Blodeuwedd (que se pronuncia Blodaiuédh).


Vou tentar não me alongar muito na parte do mito, pois a característica desta deusa que mais me interessou foram... as plantas! (Não estou dizendo que nada mais nela é interessante, continue lendo.)


Esta deusa foi criada por um mago para Lleu, que estava sob uma maldição, a fim de que se casasse com ele. Eles se casam, mas ela se apaixona por Gronw. Juntos, ela e o amante armam uma emboscada para conseguir matar Lleu, mas este foge e vira uma ave. O mago do início da história consegue achar Lleu e o transforma em humano novamente. Obviamente, Lleu vai atrás dos amantes. Gronw transforma Bloddeuwedd em uma coruja, que é o totem da deusa até hoje. Como eu adoro coruja, já simpatizei de cara com ela (rs). Até hoje as corujas são chamadas de Bloddeuwedd em galês.


Ela foi criada com as flores de nove plantas, a saber: giesta (proteção e purificação), bardana (afastar maus espíritos e energias ruins), flores do campo (gentileza e amor natural), prímula (traz o verdadeiro amor), urtiga (estimula desejos e paixões), espinheiro (traz pureza de espírito), flores do carvalho (vigor e força; fertilidade), castanheiro (permanência do amor) e feijão (bênçãos da Deusa sobre toda a criação). Por isso, também é chamada de Flowered Face Goddess (Deusa da Face Florida).


Embora eu tenha lido em diversas fontes que esta Deusa está associada à primavera (talvez pelo fato de a deusa ter sido feita de flores), não consigo muito vê-la assim. Estar aqui escrevendo sobre ela quatro dias após o início da primavera é apenas uma coincidência (rs). Aliás, também me causa estranhamento vê-la cultuada na Lua Cheia, e não na Lua Nova (sua hora de poder é o amanhecer).


Eu a cultuaria na Lua Nova porque, para mim, além de ser uma deusa muito ligada às sombras, também se vincula à transformação, às alterações, transformações e variações.


As feministas dizem que Bloddeuwedd foi uma vítima, mas muitos não acreditam nisso. Ela foi uma mulher forte, que fez uma escolha. Também não a enxergo como vítima. Para mim, Bloddeuwedd é muito mais poder do que fraqueza.


Esta Deusa veio para me ensinar que o equilíbrio e a transformação são dois aspectos necessários na vida. Como diz Michelle Skye, "We are all made up of flowers and owls". Todos temos luz e sombra dentro de nós, só precisamos aceitar os dois.


Bloddeuwedd governa as flores, a magia lunar, os inícios, a independência, mistérios e as iniciações. Deve-se invocá-la para a descoberta de traições, iniciações, superação de desafios e vencer inimigos.


Se eu não fizesse o curso, não teria a oportunidade de estudar esta deusa criada de plantas maravilhosas, mágicas e curativas!



Fontes: muitas informações deste texto foram retiradas das páginas 84 a 87 do livro Todas as Deusas do Mundo, de Claudiney Prieto, bem como do livro Goddess is Afoot!, de Michelle Skye.