quarta-feira, 15 de julho de 2009

exposição Cuide de Você - Sophie Calle


Aguardava com ansiedade a exposição “Cuide de Você”, da artista plástica francesa Sophie Calle, no Sesc Pompéia, aqui em São Paulo, a despeito de todo horror que tenho pela língua francesa.

Para quem não sabe, tudo começou quando Sophie recebeu um e-mail de seu namorado, o escritor Grégoire Bouillier, terminando com ela (a carta está aqui, no fim da página).

Munida de sua dor-de-cotovelo colossal (rs), a artista enviou o texto para 107 mulheres, das mais diversas profissões, para que fosse analisado.

Na exposição, além das fotos de algumas dessas mulheres (algumas preferiram não ter seus rostos expostos, creio eu), há o “veredito” de cada uma. Por exemplo, a revisora critica o texto do escritor, dizendo-o repetitivo. A advogada diz que ele é egoísta, narcisista e por aí vai. Poucas são aquelas que não o criticam. Tem até uma vidente que tira o tarô para esse relacionamento interrompido, bem como uma atiradora que fura três vezes a tal carta.

Vale dizer que, para minha sorte, foi distribuído um caderninho com as traduções do francês, ou eu não teria entendido nada (o caderninho está aqui).

O depoimento mais sincero sobre a carta, na minha opinião, foi o da própria mãe de Sophie Calle, que disse, entre outras coisas, que ainda bem que ela não era velha e estava sendo trocada por uma mais nova e que, no amor, é assim mesmo: as coisas têm princípio, meio e fim... Que a filha era bonita e que não deveria se importar tanto com isso. Sábia mãe de Sophie Calle!!!!

Há também vídeos de várias artistas interpretando as cartas. Desculpe-me, mas a maioria das interpretações é chata e longa. Assisti a três ou quatro e saí correndo. Acho que não sou uma boa apreciadora de arte.

Agora o que mais me revoltou foi ter lido que a artista plástica e o escritor se encontraram na Flip (Feira Internacional do Livro de Paraty) e foram vistos de mãos dadas!!!! Eu sei que eles são adultos, podem voltar a namorar quando quiserem, mas a mulher fez uma exposição convidando todas as outras mulheres a compartilharem sua dor, transformou tudo isso num espetáculo e agora tem a pachorra de vir para o Brasil, justamente onde a exposição está, e ficar de chameguinho com o cara!

Como eu sou cara de pau, falei isso para o monitor da exposição. O rapaz, do alto de sua ingenuidade, disse que isso era impossível, que eles eram apenas amigos. Então eu perguntei a ele se ele andava de mãos dadas com os amigos por aí, porque eu mesma não tinha mais idade para isso.

Não convencido, pediu licença e foi embora, me deixando com cara de idiota (ok, alguns de vocês podem dizer que eu mereci isso).

Sempre gosto de ter o livro das exposições a que vou, mas dessa vez não dei um centavo do meu rico dinheirinho para Dona Sophie Calle.

Site da exposição http://www.sophiecalle.com.br/

Crédito das fotos utilizadas neste post: http://minasdeouro.glamurama.uol.com.br/tag/cuide-de-voce/

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Crianças de agenda cheia


Na minha vida, de um modo ou de outro, sempre vejo mães atolando seus filhos de coisas para fazer. É escola de manhã, de tarde tem balé, natação, futebol, judô, inglês... Isso quando não os colocam em cursos aos sábados, e as crianças vão se esquecendo de apenas ser.

Entendo que muitas mães (aquelas que têm condições, é claro!) queiram preparar a cria para o futuro, alegando que se hoje, com faculdade e pós-graduação, já é difícil conseguir um emprego, imagine o que uma pessoa "despreparada" poderá "conseguir" no futuro. Por experiência própria, sei que algumas de nós tentam fazer esse tipo de coisa até mesmo para compensar a falta que fazemos às crianças, correndo atrás de nossas carreiras.

Infelizmente, assim, crianças ficam sem tempo até para brincar!

Algumas fazem suas refeições correndo para não "perder" a próxima atividade, esquecendo-se de que esse é um grande momento de conexão com a natureza, em que ela deveria honrar os alimentos que são oferecidos a ela e partilhar com a família, com seu círculo, um momento sagrado.

Essas questões já estavam em minha cabeça há algum tempo, e ontem, lendo uma entrevista da psicanalista Maria Rita Kehl no Estadão (ela está lançando um livro chamado O tempo e o cão — A atualidade das depressões - Boitempo Editorial, 304 pp., R$ 39), consegui achar algumas respostas para esse fenômeno:

"O que me preocupa é que, na tentativa de fazer render o tempo desde o começo da vida, hoje os pais de classe média e alta começam a educar seus filhos seguindo o mesmo princípio da agenda cheia. Algumas dessas crianças de compromissos se tornam insatisfeitas, dependentes de estimulação externa, incapazes de devanear e inventar brincadeiras quando estão desocupadas."

"A ansiedade materna, bem antes de se manifestar como expectativa pelo desempenho da criança, tem a ver com a presa em mantê-la sempre satisfeita. Mas a melhor forma de amar uma criança não é impedir que ela conheça a falta: a falta é constitutiva do aparelho psíquico. Ela não pode faltar! A criança começa a virar gente (sujeito) ao inventar recursos simbólicos para lidar com o vazio e a insatisfação."

Os grifos são meus. E esta foi uma pequena reflexão sobre o futuro de nossas crianças.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Post Especial # 100 - Meu altar no banheiro

As pessoas têm curiosidade em saber quem é a Green Womyn. Não vou mostrar minha cara aqui, mas alguns itens do meu "bathroom altar" (altar no banheiro).

Olhem só que oportunidade! (rs) Vocês estão entrando, agora, no banheiro da Green Womyn!



Sem brincadeiras agora: este foi o resultado de um curso sobre banhos que terminei há pouco tempo.

Na porta, uma colagem tosca (eu não tenho habilidades manuais) para a Deusa do meu banheiro: Afrodite. Com elástico de rendinhas nas pontas da cartolina rosa e tudo.

Depois, um relógio temático - que eu já tinha antes de fazer esta aula - para não perder a hora.

A terceira foto é um minialtar para Afrodite, com pérolas de rio rosas e perfuminhos doces. E tule, é claro!

Por fim, uma fonte de pedra, representando o elemento água (obviamente) e também o elemento terra, que são os elementos que mais rolam por aqui. (Sim, eu sei que ainda preciso de objetos para representar o fogo e o ar...)



sábado, 13 de junho de 2009

Manifesto Madrepérola

Segue, abaixo, o Manifesto Madrepérola, da querida amiga Celia:

"1. nós nos comprometemos a atuar em rede e em favor de todas as mulheres, evitando criticar de forma depreciativa qualquer uma de nossas irmãs, evitando deslegitimar suas posturas, momentos de vida e opiniões,e ao invés disso, oferecendo bases de identificação, compreensão e abertura ao diálogo mesmo quando não concordamos com elas;

2. nós nos comprometemos a apoiar de forma pessoal, emocional, moral ou qualquer outro tipo possível, mulheres passando pro processos de gravidez, parto, puerpério, amamentação e criação de filhos, compreendendo a tarefa de acolher e nos responsabilizar de forma coletiva por nossas crianças como um todo;

3. nós nos comprometemos a trocar com outras mulheres, nossos conhecimentos de qualquer espécie, nosso tempo, o produto de nossos ofícios, objetos e serviços sem o uso de moeda corrente;

4. nós nos comprometemos a debater em profundidade todos os assuntos de interesse da mulher, sejam de ordem privada ou pública, preservando o respeito e a legitimidade de todas as vozes femininas em seus discursos;

5. nós nos comprometemos a buscar visões mais femininas acerca de nossos próprios corpos, acerca da imagem de nossos corpos na sociedade e na mídia, e acerca de processos físicos particulares como menstruação, gravidez, amamentação e menopausa, visando acima de tudo diminuir a patologização e ahomogenização desses processos e promover o conforto da mulher em seu corpo;

6. nós nos comprometemos a buscar soluções de saúde e de cura, para nós e o planeta, que ao mesmo tempo resgatem conhecimentos antigos privilegiando os transmitidos por outras mulheres e inovem de forma holística superando a visão fragmentada e mecanicista de saúde e bem-estar;

7. nós nos comprometemos com o momento atual da terra e com a busca de soluções cooperativas, relacionais, amorosas e de cuidado, abandonando os comportamentos exploratórios e depredatórios da sociedade atual;

8. nós nos comprometemos com as plantas, animais e toda a vida na terra, com a proteção de espécies e habitats naturais, com a proteção da água e com um crescente senso de respeito em relação à soberania e direito àexistência de todas as formas de vida;

9. nós nos comprometemos com nossos filhos e filhas, rompendo com a transmissão fácil dos paradigmas vigentes e com a terceirização de nossas crianças, contando para isso com uma rede de suporte educativo entretodas as mulheres interessadas;

10. nós nos comprometemos com o desmantelamento de tudo o que é nocivo na sociedade em que vivemos, e com a criação e suporte a todo tipo de redes paralelas que valorizem uma existência sem consumismo, competição ou comportamentos predatórios;

11. nós nos comprometemos com a acolhida -especialmente mental e emocional- de outras participantes do manifesto, independente de diferenças individuais e do ponto em que estejam no processo de retorno aofeminino;

12. nós nos comprometemos com a queda de estereótipos sobre o feminino, superação de falsas dicotomias (positivo-negativo, natureza-cultura, sexual-espiritual entre outras) que localizam o feminino em oposição aoque simboliza o bom, desejável ou normal."

Coletivo Madrepérola

O que mais posso dizer sobre este belíssimo manifesto?!? Junte-se a nós!!!!!

domingo, 7 de junho de 2009

Juliette de Levy Bairacli


Faleceu, na semana passada, no dia 28 de maio, uma grande herbalista norte-americana: Juliette de Levy Bairacli.

Eu não conhecia o trabalho dela. Até que um dia, fuçando na página de uma das minhas herbalistas preferidas, Susun Weed, cheguei até seus livros e li um pouco de sua história.


Juliette nasceu em 1912 e se foi sem dores. Sou grata a esta mulher por ter deixado ao menos cinco ous seis livros publicados, além de um vídeo.

Para quem curte os bichinhos, Juliette foi pioneira em tratamentos herbais para animais.

Neste ano, também faleceu um renomado herbalista chamado Michael Moore (homônimo do documentarista norte-americano especializado em criticar a cultura norte-americana). Se quiser ler uma homenagem de Kiva Rose, herbalista da qual também gosto muito do trabalho, clique aqui.

Dois grandes herbalistas mortos em um só ano? Muito triste...

Mas também me entristece saber que no Brasil não há pessoas como eles. Sei que aqui os grandes herbalistas são pessoas simples, que moram no mato e herdaram a tradição de suas famílias, mas gostaria de ver também pessoas que sistematizessem seu trabalho com ervas, escrevendo livros, oferecendo as tais das herb walks (caminhadas em que o herbalista vai identificando cada erva e explicando para o que elas servem, além de dar dicas sobre ecologia etc.), criando escolas de herbalismo...
O herbalismo perdeu duas grandes figuras este ano [o anarquismo também, já que meu querido amigo Edgar Rodrigues se foi em 14 de maio deste ano, dia em que meu filho faz aniversário]. Dividiram tudo o que sabiam, e agora cabe às gerações mais jovens continuar o trabalho dos pioneiros.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Hortelã 1

Eu não sou tão fã de hortelã, mas meu filhote adora. E eu acho muito difícil cultivá-la, ao menos aqui no meu quintalzinho. Ela morre rápido e me parece que gosta muitíssimo de água. Semana passada, lendo o suplemento de agricultura do Estadão (nunca pensei que um dia iria ler esse caderno - rs), dei de cara com umas dicas da Sabor de Fazenda.

Sabor de Fazenda é um lugar aqui em São Paulo que vende mudas de ervas orgânicas. É um lugar fofo e agradável, que oferece cursos e materiais relacionados ao mundo das ervas.

A seguir, dica de Silvia Jeha:

"(...) a hortelã gosta de solo rico em matéria orgânica, bem adubado e úmido. Se faltar água, ela pode morrer. Outra característica é que a hortelã precisa ser podada, e a poda deve ser radical. Para saber o momento certo da poda, deve-se observar se os galhinhos estão compridos e as pontas com folhas pequenas. Com uma tesoura, corte os galhos rentes ao solo e coloque por cima terra bem adubada com húmus de minhoca ou algum adubo orgânico. Em poucos dias ela rebrotará. É só ter paciência e não ter dó de podar.

Outra dica: a hortelã não suporta ser plantada com outra erva, sobretudo do mesmo gênero (Mentha), como poejo, hortelã pimenta, hortelã portuguesa e menta. A hortelã é uma bastante invasora e mata ou morre se estiver com alguma vizinha. Quanto à luminosidade, um período de sol de cinco horas por dia é suficiente".

Aguardem, pois logo escreverei mais sobre a hortelã aqui!!!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Prairieland Herbs


Andei ganhando uns presentinhos em blogs do exterior. Da Prairieland Herbs ganhei dois shampoos em barra e uma “varinha de cura” (já explico o que é isso).

Os shampoos sólidos, que eu adoro, principalmente para levar em viagens, vieram em duas fragrâncias: Wild Man (que eu dei para o meu filhão) e Fragrant Tresses, que guardei para mim. Confesso que, por ser uma unidade pequena, fico até com dó de usar, de tão cheiroso que é. Um dia espero poder comprar uma em tamanho normal.

Mas veja o principal dessa história toda: 10 mulheres que amam ervas se uniram e deram prêmios para as pessoas que deixaram comentários em seus blogs por dez semanas! Achei a coisa mais fofa do mundo. Sim, elas estão divulgando seus produtos, mas de uma maneira inteligente, na minha opinião.

Tive a oportunidade de ganhar prêmios por quatro vezes. Em uma delas, ganhei a assinatura de uma revista, com estilo fofo de fanzine feito em casa, xerocado. Depois ganhei um prêmio que nem lembro mais qual era, e a dona do negócio disse que não despacharia para o Brasil. Para você ter uma idéia, não lembro mais qual era o prêmio nem o nome da “lojinha” da pessoa (rs).

Da terceira vez ganhei os shampoos em barra e a varinha de cura, que chegaram da Prairieland Herbs. A varinha de cura (healing wand) vem num daqueles recipientes de protetor labial, contendo cera de abelha e óleos essenciais de lavanda e tea tree. Esses dois óleos são ótimos para queimaduras e passar em machucadinhos em geral. Daí o nome de healing wand. As donas da Prairieland aconselham ter um para uso em pessoas e outro para uso em animais. Achei uma graça!

Confesso que ainda não usei a minha para curar nada, mas mantenho-a na bolsa e de vez em quando passo na minha mão só para sentir o cheirinho gostoso que ela tem.

Na semana passada, ganhei um pingente de joaninha, que é um bichinho que eu amo demais (será mera coincidência?), mas ele ainda não chegou. Aguardo ansiosamente.
Para quem se interessar, eis o site da Prairieland Herbs: http://www.prairielandherbs.com/

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Novo deck





Quem me conhece sabe que eu adoro decks. Podem me xingar, mas eu gosto muito mais de colecionar os decks e apreciar sua arte, porque de interpretação mesmo eu sou uma negação (rs).

No Dia das Mães, resolvi aderir ao comércio atrelado à data "me dei" de presente um Tarot of Mermaids (quem me conhece também sabe que adoro sereias!). Mais informações sobre o deck você encontra aqui: www.aeclectic.net/tarot/cards/mermaids/

A arte não é muito bonita, mas acho que vou me acostumar com ele com o passar do tempo.

No início do post, você visualiza dois exemplos de cartas: O Mago e Os Enamorados.

Gostou?!?

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Qual o seu jeito de ser mãe?

OLHA O QUE O PERSONARE DISSE SOBRE O MEU JEITO DE SER MÃE:

MÃE AMIGA, INDEPENDENTE E CABEÇA ABERTA

A mãe com o signo lunar em Aquário é uma criatura pós-moderna! Em sintonia com a modernidade, ela também não se deixa tomar pelo modelo de autoridade e está mais para uma grande amiga do que para uma figura materna.Esta mãe tem um amor intenso pela liberdade e odeia ser controlada. Um de seus principais lemas é: Viva e deixe viver. É fascinada por gente inteligente e tende a ser uma mãe com a cabeça aberta e livre de preconceitos. Dificilmente se choca com alguma coisa e respeita profundamente a singularidade e as diferenças de seus filhos.

Veja também o seu lado mãe em: www.personare.com.br/maes