A cada três meses, quando mudam as estações, eu gosto de vir aqui e escrever algo. Às vezes o tempo é escasso, então eu só desejo uma feliz estação para quem estiver lendo. Este ano, eu não consegui escrever nada aqui quando o verão chegou. Em vez de me chibatear (que é algo que faço com muita constância) por não ter escrito nada aqui, resolvi refletir e vi que não escrevi nada simplesmente porque eu não estou tendo verão. As coisas estão nebulosas, um tanto escuras na minha vida, e minha estação interna não combina com a estação que está aqui fora. Eu aceito e acolho esse sentimento.
Eu tenho chorado muito. De medo do que está por vir, embora eu esteja no controle da situação. Já perdi parte da minha estabilidade e agora caminho para a falta de estabilidade total. Dá medo, dá desespero, dá aflição. A sensação de que não sei o que estou fazendo é constante por aqui. Para onde estou indo? O que quero da vida? O que me aguarda lá na frente? Por que tenho que passar por isso? Por que está tudo desmoronando? E por que eu mesma estou derrubando tudo?
Minha carta para essa estação é Medusa, transformação. Taí o oráculo que não me deixa escapar do processo. E, falando em oráculo, eu quero deixar aqui meu agradecimento a todas as mulheres da Deusa, sábias conselheiras, que me acolheram em 2016 e tentaram me mostrar os melhores caminhos por meio de sua sensibilidade, de seus oráculos diversos e de seu ombro amigo. Vocês sabem quem são.
O sol está lá fora, mas eu ainda não consigo enxergá-lo bem, eu digo com os olhos da alma.
Mas de repente eu decidi que quero brilhar com o sol. E, quando a oportunidade surgiu, eu fui para a praia. Pedi que Afrodite e Iemanjá me guiassem em busca da beleza quando adentrei suas águas. Mas não da beleza do corpo, e sim para a beleza da vida.
Nos últimos dias, eu me queimei com o sol e, depois disso, veio a sabedoria me dizendo que a etapa seguinte é trocar de pele. A natureza está sempre ali, basta ouvirmos seus conselhos.
Em 2017, eu escolho, e tento, de novo, uma vez mais, cuidar de mim. Cuidar da minha saúde, da minha cabeça. O autocuidado, que já esteve presente aqui no blog, será minha palavra de honra comigo mesma a partir de agora.
Desejo que você também consiga se cuidar, enxergar sua beleza, seja ela interna ou externa, e que os ventos da mudança possam soprar sobre você com carinho.
Que você possa sentir o fogo do sol na sua vida, que ele te aqueça e te anime a fazer o que você ama.
Porque a vida é que nem as águas. Ela vai e vem. E a gente nunca sabe o que as ondas vão nos trazer. Viver à deriva também pode ser bom. Ao menos é isso que vou tentar aprender.
Dani, cadê você no FB? :( Não vá!
ResponderExcluirô querida, é difícil mesmo...se eu tivesse uma resposta te dava, mas como não tenho, caso precise de alguém pra chorar junto, estou aqui. Beijos
ResponderExcluirO que dizer? Você tem todas as respostas... basta usar... Beijos!
ResponderExcluirqual o nome do oráculo que voce usa?
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